MORTE E VIDA
 
E és que aqui entrego
a minha alma. Quando assim
interpreto o céu e o inferno...
Morte e vida, mediante mil
e tantos corações.

Pois nem mesmo percebo
como tanto sofre esse meu coração,
se pouco ele se rebela, e nem sequer
 sente cada transformação.

Exprimo amor e paixão.
Utópicas lembranças, saudades,
e recordações. Também eu falo
um pouco de minha solidão.

Sou terno; feliz e alegre,
eu caminho em varias direções.
E neste palco onde as luzes da ribalta
muitas das vezes por si se apagam.

Vejo-te sempre bem perto,
a cada sonho. Sem muito reclamar
do que realmente sinto.

Talvez por não mais indagar
qual seja a razão de pensar tanto
em ti, se nada mais você se importa
o quanto vem de mim...

Mas que mesmo assim
sonha em fazer do seu coração, morada
para quem já não o ama. Qual seja
essa ingrata ilusão!