PETISCOS EM FORMA DE RABISCOS

Enquanto dormias tu, era eu quem sonhava.

Acordado velejava nos teus sonhos.

Uma dúvida cruel.

Será que os sonhos eram mesmos teus?

Mas agora isso é o que menos importa.

Num banco rústico te vi dormir

aos céus sorriso e braços abertos

como ponteiros de um carrilhão

assim era a visão do coração.

Uma noite de luar, uma leve brisa

e teus encaracolados loiros cabelos

aos meus dedos entrelaçados.

Em frações de segundos abdução

em minhas mãos corpo, alma e coração.

A relva regada pelo sereno da madrugada

e eu seco pelo teu corpo orvalhado.

Assim o teu leito e os meus olhos a te velar

um corpo açucarado sem se fazer rogado,

em poucas palavras traduzido de enebriante.

As íntimas roupas negras de lingerie

acentuavam as curvas que Deus lhe deu,

e o perfume de mulher e jasmim

alucinógeno deixava-me ofegante.

Resumindo ao que se diz sonho!

Uma gata selvagem cavalgando

no lombo de indomável potro.

Então como bolinha de sabão

com borboletas azuis a voar

Pluft......

Adormeci !

Quando não queria dormir

Na dúvida se ao acordar lembraria

deixei-te o sonho em forma de poesia,

ou melhor! Petiscos em forma de Rabiscos.

Rs t...

Rio das Ostras 05 de Janeiro 2009 03:45 hs