Liberdade, fundamento para auto-conhecermos.

O que entendemos sobre o termo liberdade? Qual seu significado?

Comumente o percebemos quando presenciamos uma situação de aprisionamento, quando alguém tem seu espaço delimitado impedindo-o de circular livremente, ou quando nossos atos são determinados por outras pessoas e não temos outra escolha. Podemos analisar que é mais fácil definir o termo liberdade, mais por sua ausência do que falar dela especificamente.

Todos os dias passamos por situações que colocam em risco nossa liberdade seja ela física ou psíquica, e para que consigamos superar estes percalços, precisamos identificar quais cárceres estamos inseridos, mas nem sempre é fácil essa tarefa.

Nossa alforria pode ser vista por outras pessoas como forma de rebeldia, indisciplina e o mais grave, podemos nos enxergar como pessoas sem capacidade de viver em sociedade.

Ao rompermos com que a sociedade exige de nós, deixamos de lado o “nós” e damos lugar ao “Eu”, que nos explicita o quanto estávamos deixando de lado o nosso próprio pensar.

Estamos inseridos em um sistema que nos impõe muitas regras e infelizmente aceitamos sem esboçarmos nenhuma forma de descontentamento. Moda, o que escutar, o que dizer, o que e como comer, padrões estéticos são algumas das regras impostas, ou cumprimos ou estaremos excluídos do meio, geralmente optamos pelo mais cômodo, ou seja, acatamos as regras para o bem comum, pois o contrário, nos isola, exclui do convívio com os demais.

Nesse aspecto a afirmação: “a liberdade nos traz solidão”, é verdadeira, embora pareça contraditória, quando nos libertamos de algumas regras da sociedade, surgem sensações de medo, de insegurança, nos falta confiança, pois olhar para dentro de nós mesmos, olhar o que realmente concebemos no espírito, nos causa certo receio.

Quando afirmamos nossa subjetividade, estamos rompendo com muitas coisas predeterminadas, nós determinamos o que, como fazer e como nos postar, diante de determinada situação. Na pós modernidade, aos poucos estamos perdendo nossa subjetividade, pois o sujeito é visto pelo sistema como um objeto e esse mesmo sujeito assim também aos nossos olhos nos parece.

Precisamos nos libertar e libertar também os nossos, deixar de coisificar as pessoas, impedir que nos coisifiquem, pois tanto o outro como também nós, somos seres pensantes e determinantes de nossa existência. A liberdade que possuímos nos possibilita essa façanha, basta vermos com nossos olhos e não com os olhos do mundo.

Deus vos guarde

Ricardo

Ricardo Fungachi