ENTRE ROSAS E ESPINHOS

Entre rosas e espinhos vamos seguindo nossa jornada

sentindo o doce perfume das rosas e nos ferindo com os espinhos

Rosas diversas, cada uma com sua cor especial e seu encanto

Cada qual com sua beleza complementar

No espinho o ensinamento da ferida

A aprendizagem no sofrimento

A recordação da cora de um Rei

Um Rei coroado de espinhos e não de ouro ou diamantes

Ao lado de sua mãe

Que é a mais pura rosa no jardim do céu

Que exala o perfume da ternura

Lágrimas espinhosas que nos fazem parar a margem

Pétalas perfumosas que nos fazem contemplar a grandeza na simplicidade

Mais que colher flores no caminho

É preciso contemplá-las

Colher a essência do belo, no simples

Deixar-se desfolhar para renascer

Abrir espaços para que o novo aconteça

No constante círculo do recomeçar

Reaprender a sentir o perfume das rosas

Aprender a lidar e desviar dos espinhos

Ampliar os jardins e horizontes

Readubar a terra

Regar o solo ressequido

Olhar as estrelas

Se embriagar com a lua

Embalar-se no sono dos inocentes

Banhar a alma na paz

Inebriar-se de amor

ter a grama como cama

E o céu como cobertor

Não temer a chuva, nem se esconder do sol

Destilar as travessuras da infância com a maturidade dos idosos

Ser gente

ser livre

solto ao vento

entre flores e espinhos...

(29/12/2008) Caputira

Ana Lú Portes
Enviado por Ana Lú Portes em 29/12/2008
Reeditado em 30/12/2008
Código do texto: T1358181
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