Eu te amo, mas, blá, blá, blá...
As pessoas "amam", exigem demais, querem possuir o outro, o ser amado. Por quê? Se deveras há amor, qual o motivo das imposições, dos "mas", das condições, das predisposições? Que tipo de amor é esse? Que reclama quando se sente ferido, que chora quando se sente abandonado, que se mata quando descobre que foi "traído", que amor é esse? Se porventura deu-se a "traição" é porque o sentimento de respeito e admiração acabou, e acabou bem antes do tal ato. Quando se ama não há razões para se buscar em outras pessoas carinho, afeto, atenção, etc, etc, etc...
Um amigo, certa vez me disse: Ou você ama ou você nunca amou, não existe essa história de dizer que o amor acabou, por que o amor nunca acaba. Minha mãe sempre me disse: Eu te amo, se você acha que esse é o melhor caminho então, siga-o. Isso sim é amor. Mesmo que o ser amado não queira mais seguir com você, deixe-o, libere-o, deixe que ele vá pelo caminho que ele escolher. Se há amor, seja qual for a escolha, seja qual for o caminho, e se você ama de verdade você sempre o terá consigo, deseje-o felicidade, e se ele for feliz certamente tu também serás.
Essa história de eu te amo, mas, blá, blá, blá... e então chora, se despedaça, se deprime, quer morrer, blá, blá, blá... isso é mediocridade. Se você não se ama como será capaz de amar outra pessoa? Se você se reduz a nada por causa de outro que nem te quer mais, que amor é esse que você diz sentir, se nem mesmo auto estima você consegue ter? As mulheres são campeãs em "amar" dessa forma. Isso é coisa do século passado e não é por isso que você vai se adaptar ao novo e atual vulgo ditado: "A fila tem que andar." Penso que também esse ainda não é o caminho, senão, veja bem: você morria de amor por outro, agora de repente você já quer de cara se envolver novamente? Ou ficar? Pra quê? Pra você se sentir um nada, se iludir, se enganar e depois ficar sentido auto piedade de si mesma, é isso que você quer?
Amar é ser livre! Nós mulheres precisamos aprender um pouquinho com os homens na questão da razão e procurarmos agir racionalmente e não emocionalmente como costumamos. Compromisso nós devemos ter sim, mas antes de tudo, conosco mesmos, e de mais a mais, amar é sempre bom. Quanto ao sofrer, posso afirmar: temos muito que aprender e o sofrimento ainda é o melhor meio. O amor é sofredor mesmo. Quem disse o contrário? Porém o sofrer do amor nos eleva, nos torna mais fortes, gera em nós sabedoria e inspiração a mais amar, a sempre amar.