A liberdade.

Campos Sallesl

Os doutorados em sociologia iram me recriminar pela ousadia, mas entendo que tenho de dissertar sobre o assunto. Por não ser acadêmico fico a imaginar estar contribuindo, desta forma também estarei desenvolvendo minha visão a respeito, somada as pesquisas de alguns celebres da área.

Fiz parte do proletariado de Jundiaí SP, na época da ditadura Militar quando bem jovem. As manhãs frias eram cortadas por passos apressados para chegar à indústria. Muitos chegavam quase no mesmo horário, na maioria moradora do mesmo bairro. Amigos do campo de futebol das horas vagas, outros ex- colegas de escola, uma indústria que empregava tanto homens como mulheres e muitos de nós nas mesmas funções.

O dinheiro servia para ajudar em alguma coisa que faltasse em casa e comprar outras que mais me interessava. E para tantos era sua subsistência, esta parte da história que conheci nas casas humildes de moveis surrados, onde quase sempre havia muitas crianças de semblante tristonho,levou –me a questionar sobre tudo que poderia estar errado dês da religião ao governo passando pelo salário.

Apesar de ser uma cidade industrial o movimento no comercio era grande, os ônibus sempre lotados carregava os visinhos e amigos, principalmente no final do ano. Por muitas vezes consegui emprego no comercio em lojas de grandes vitrines com mercadorias de primeira qualidade, como vendia bastante percebi que a cidade vivia gente de muito dinheiro, que nem todos nós trabalhávamos em lojas ou no comercio em geral ou em fabricas, havia um número grande de empresário de transporte, saúde, músicos, etc. Estudar foi pouco, não por falta de condição, mas por ter acontecido uma discussão com uma professora e agravado com o diretor se ofendendo.

De 65 a 73

Era psicodélica a instrução,

Que reinava pela nação,

O pouco que entendia era pela televisão,

Festivais, celebridades heróis da canção.

E foi a cartilha destroçada,

Da pasta de couro tirada.

A última pagina copiada,

Por mim em férias tirada.

Estudante de jaleco branco afinal.

Criei jornal, fiz greve. Poxa o general!

Estava em escola Estadual.

Expulso como devasso.

Atirei-me no espaço.

E o tempo vence sem cansaço.

Uma expulsão em 1973 e nunca mais consegui estudar nas formas tradicionais. Pela dificuldade encontrada nas escolas resolvi, vim para São Francisco de Sales, uma cidade do Triangulo Mineiro onde na época o banco iniciava empréstimos para compra de tratores colhedeira e todo insumos agrícola. Uma tia com 54 alqueires de terra havia entrado em financiamento e precisava de gente sua para ajudar com os maquinários e ajudei no plantio de arroz, algodão e sorgo. A cidade de 4.000 pessoas no Maximo onde a maioria mora em casebres paupérrimos vivia eles uma alegria invejada e mais que isso transpirava nobreza no porte firme e no jeito de olhar. Diferente dos muitos bem empregados da cidade que apenas timidamente seguiam seu dia a dia. Voltei para o serviço militar, convocado pelos 12. Grupo de Artilharia e Comando, na primeira bateria, a de serviços, com 30 dias consegui dispensa.

Novamente perambulando pela cidade, notei o aumento de drogados e bêbados.

Lamento.

O êxtase me despertou,

Antes de conhecer o amor,

Criei-me iludido na dor,

De quem nunca se apaixonou.

Assim saudade não existe,

È como o dia que se confundisse,

Com o momento que a possuíste,

E a vida em mim prostituísse.

Na boemia quase envelhecendo,

A procura de lábios sedentos,

Cheios de doçura sem sentimentos.

Embriagado com a ternura,

Do respeito de uma vida dura,

Do amor ainda vivo a procura.

O tempo passou estive em varias cidades do interior sempre trabalhando aqui e ali morando com parentes ou em pensão. As cidades escondem suas cumplicidades com seus moradores, em geral demonstrando respeito por comerciante ou industrial que o forasteiro sempre avalia com mais exatidão as pessoas com quem se relaciona principalmente políticos.

Canção do exílio.

Minha terá vem comigo,

Onde quer que eu vá,

Se saudade tenho ainda,

Lá não é o meu lugar.

Tem rio, de um lado.

E democrático mar.

Revela é na infância voltar.

Prefiro tela no meu altar.

O exílio é fixação,

Falta de imaginação,

É dor por compaixão.

Se o sol da poesia ilumina,

A quem cante a cismar,

Do sabia das palmeiras a rimar.

Foi então que dei os primeiros passos no sentido de aprender um pouco sobre o funcionamento político e os porque da sociedade. Hoje com 50 anos alem das lembranças quis entender um pouco mais deste ramal da filosofia a Sociologia que também tem seus representantes notórios, Karl Marx, Pareto entre outros, mas estes dois nomes dão a guia mestre para as discussões. Marx com o socialismo que durante muito tempo chegou aos pedaços pra mim que vivia numa ditadura e Pareto que só vim conhecer por agora.O interessante é estudar os tempos e as verdades e se indignar com certos erros da sociedade vejo isso de varias formas e de uma delas me fez relembrar o livro sobre a biografia de Campos Salles, onde teci um paralelo que tenho que lembrar aqui. Como homenagem ao nosso primeiro presidente. Revolução Nação19/11/2008“... Conjunto dos habitantes de um território obedientes ao mesmo regime ”... .

Considerando Marx e o regime comunista, com toda sua história do proletariado, lembrando ás ações de guerrilha pelo mundo, e ainda, nos entendo sabedores de resultados onde lograra êxito, e a que preço... “O partido, Outra maneira importante em que à revolução bolchevista fixou padrão em futuros golpes comunistas estava no tipo de partido político que era usado. Como é bem sabido Lênin, criou um partido que era altamente centralizador regidamente disciplinado e dirigido por uma elite de revolucionários profissionais cuidadosamente escolhidos. Durante a luta pelo poder na Rússia ( e depois em muitos outros países) os partidos comunistas organizados de acordo com esses princípios demonstram repartidamente que uma minoria bem disciplinado pode facilmente derrotar uma maioria desorganizada e dividida, A* arma organizacional * do partido comunista provou ser de importância Capital em todos as conquistas do poder...” ... Do livro, Da Anatomia da Subversão Tomo l( pg. 21) ... Thomas T. Hammond. Considerando hoje estando vivendo um regime de democracia na República Federativa do Brasil, após a queda do Império que se deu por conta de um partido político da época.Venho sugerir um também partido político que vejo dentro destas realidades, uma legitimidade para o povo mais, que uma opção partidária. Ou seja, a fundação do Partido Federativo da Nação, onde o povo de igual sorte coloque sua vontade nacional novamente em pratica, assim tendo anteriormente derrubado o Império e criando um regime pacificamente, novamente tome de forças para lograr êxito em um empreendimento desta natureza. Lembrando_ Que..., “Sem intuito propriamente revolucionário renunciava toda via, a esperança do governo para melhor poder levar por adiante em alongada e perversamente propagandas as teses, francamente democráticas de seu progresso. Muito dentre eles pertencentes ao número dos que com denominação de históricos tinham a liga progressista e agora descrentes da sinceridade das convicções de seus antigos companheiro, deles se separavam para propugnar pelo estabelecimento de um regime verdadeiro e sinceramente livre. Sem preocupação de formas tradicionais como o reclamava os destinos de uma grande nação...”. (do livro Campos Salles)

Os conceitos de “objetivo e subjetivo”

Pareto começa o seu esforço designando o aspecto objetivo do subjetivo na análise dos fenônimos sociais e principalmente das ações sociais, teria de estar atento aos princípios epistemológicos que marca a proposta de divisão das ciências entre ciências da natureza e da cultura, implícita como vimos nas escolas culturais alemã em Dilthey Windelband. E Rickert. Embora não referida por Pareto em seus textos a distinção por ele antevista, separando o objetivo do subjetivo é claramente culturalísta. Essa distinção se apóia como hipótese guia na diferença entre os fenonimos característicos dos dois mundos conceituais- Natureza e Sociedade ao investigador de modo neutro os sociais se apresentam sob dois aspectos.

(a) Aspecto objetivo

(b) Aspecto subjetivo

O primeiro se detém na análise do fato real, como por exemplo, é possível observar objetivamente a existência transocial e trans-histótica de ritual relativo a oração de um determinado Deus transcendente ao mundo da concreção diária mas que seria co-responsável pelo fluxo de acontecer nesse mundo.Nesses rituais, forte envolvimento psicológico entre os participantes gerando clima próprio exuberante de emoções e de comportamento específicos como genuflexão gestos lentos com as mãos curvatura etc.Mas há outro aspecto o subjetivo que é a forma com ao a mente humana o representando para os participantes do progresso estudado como para as analistas que ele se debruça em seus esforços de pesquisa. (pg. 41)(rodapé)Preferimos estabelecer esta distinção separadamente a categoria geral*fenônimo* da especifica* ação*.No primeiro caso é importante o tratamento estatístico para aferir, por exemplo, taxas de incrementos demográficos por classe social ou taxas ou tipos de crimes urbanos etc. Seria parte de um de esforço ordenado e a - valorativo, para precisar os tipos de fenônimos sociais categoria neutro, que marcam o ritmo da vida.No segundo caso o tratamento estatístico é também importante, mas não é nem exclusivo como no primeiro caso nem relevante para captação da verdade social. “Porque teriam os, sob estudo fenônimo de significação como comportamento, valores, político, e conflitos geracionais, que implicam análise de conteúdo.” Dialética do Irracionalismo. Nelson Mello e Souza. Pareto e seu confronto com “Marx”.Fica, portanto aqui registrada a minha vontade e porque não intenção de pertencer a um partido que tome as rédeas da Nação e fixe como legitimo regime brasileiro, em conquista pacífica como a nosso primeiro Presidente Campos Salles.

Hoje ainda faço parte do proletariado e concordo em partes com uma critica que recebi de um amigo virtual que aprendi respeitar na internet.

Gostou meu sr. Francisco e lido muito atentamente o texto, apesar da minha limitação no idioma que es de você, é ver que voce e uma pessoa inteligente que acredita no marxismo., No meu país tem vivido em grande parte na guerra contra o terrorismo movimentos e os guerrilheiros do Sendero Luminoso e do MRTA., iniciando suas ações devido à necessidade de os governos chinês e russo para exportar a sua revolução., facto que levou a morte ea desolação, são mais de 250.000 mortos na tentativa marxista, leninista, Maoísta no Peru, eu vi um monte de dor, morto no chão como ferve o sangue, rostos cheios de tristeza que nunca recuperou e um monte de punição.

Eu acreditava em Marx e do socialismo, e é por isso que eu lutei tão especialmente na faculdade, eu achei mais só que os socialistas e desilusão com o poder é pior do que tudo oligarca, que atua pelo ressentimento e sem misericórdia., Mantenho o meu socialismo e minhas idéias de igualdade social e social inclución para os índios. mas basta olhar para os refugiados na minha utopia e gritos do meu desencanto.

Tudo é claro para mim .. não é uma questão de orientação política, é uma coisa de homem e os seres humanos são uma merda e não importa qual filosofia política tomadas para justificar o seu desejo de poder. Se eu fosse um peão ideológica, por isso a maioria não pensa que eu vim para o muito triste conclusões que o homem é uma merda de natureza criminosa e natureza é ela tende a ser frívola e decadente. Eu me trincheira do meu refúgio na minha solidão e tentar ser uma conseqüência, a começar o meu pão, comendo menos, evitar Leve lixo, e quem me ajudou assim o solicitar., Como eu pegar quando eu vejo as pessoas humildes espancamento sendo maltratados, mas porque Eu não acredito na democracia, nos homens e menos falador do socialismo no filho da puta do padrão. A duras penas, aprendi a acreditar em mim e tudo o que desejo uma vez que eu está morto e nada mais do que uma boa memória e um simples esquecimento.

Por outro lado a você agradesco das infinitas formas de partilhar as suas ideias, bem como a ilustração do problema e um deles brasileiro.

Atte.

martin palácios

Meu querido senhor:

Estudei este sociólogo chamado Pareto que nasceu na França embora filhos de Italianos. Ele não entendia Marx e o criticava, com o tempo passou ser chamado de fascista, por também não ser entendido pelo seu tratado.

O que ele propôs é que o homem nasce para ser sociável biologicamente, e formulou tratado de sociologia como ciências exata, encontrando vários problemas para explicar suas idéias.

Quanta aberração histórica vem na Europa com a interpretação de Marx e o comunismo.

Mas o que quis valorizar foi o empenho do povo brasileiro de criar um partido, Republicano Federal e Democrático e conquistar um Império de dimensões Continentais. Uma revolução sociológica que Paretos teria explicações mil para o fato. E o grande revolucionário foi Campos Salles nosso compatriota que lutou e teve êxito sem guerra sem derramamento do sangue de nossa gente. Em uma época que sabemos o que acontecia no resto do mundo.

Como ele Campos Salles também não foi muito entendido no seu tempo, quis homenageá-lo com uma suposição como sugestão, uma nova tomada de poder, desta vez da Republica que ele foi o mentor e principal entre seus pares, pela idéia de Nação, mas não de forma retrógada, mas de Nação com seus dogmas sociológicos respeitados. Não desrespeitando as divisões geográficas dos Estados, mas os incluindo na idéia de uma só nação. Na verdade tudo ficaria mais ou menos como já esta politicamente, mas a crença individual dos Estados e regiões estaria sendo polidas, unificando em uma só nação e.

Creio que como sendo uma homenagem para um Ex Presidente da Republica Federativa do Brasil, sendo o primeiro presidente que teve por respeito aos princípios e ideais de abdicar, e eu por respeitá-lo muito e sua história fiz este paralelo de novo governo para lembrar o mundo e o povo brasileiro que houve aqui na América do sul um movimento superior a meu ver pelo pouco trauma ao de Marx, não julgando “O Capital” e sua forma de entender o mundo,mas aqui tivemos oportunidade de reforma sem matarmos o nosso Ex Imperador .

Infantilidade de minha parte pode ser mas a intenção foi só de criar oportunidade de homenagear.

Deste seu amigo brasileiro,

Kiko Pardini.

Martin wrote:

meu querido sr. Francisco.

Acho que o erro foi meu e não interpretou bem o seu texto, a minha limitação idomática. Desculpe-me, e quero participar de sua festa do exelentísimo Sr.Campos Selles e vou ler rapidamente a fim de Pareto. ofresco-lhe um mil desculpas por o mal entendido.

Então agora eis o caso, como aquele sonho de clube republicano passou a partido e chegou tomar toda esta dinâmica sem ser bem explicado, vou divagar. O imperador estava em luta com o Paraguai, o mundo deixava de ser escravocrata, aliais uma das bandeiras da Republica. O Barão de Mauá investindo pesado na ferrovia Santo a Jundiaí, Campos Salles político em Campinas e região conseguiram apoio para a expansão da ferrovia que acabou chegando á Campinas com conivência do Império. O terrível Conde DU de volta da peleja Com o muito esperto Marechal Deodoro da Fonseca, dão ares de um Brasil no exterior diferente do Brasil que acontecia neste ínterim, conta-se da saúde do Imperador que teve que ausentar deixando a sua irmã esposas do Conde Du, o terrível, como Imperatriz. Mas esta saída para tratamento da saúde levou o imperador a perder o titulo e poder e nos deixa imaginando, eu pelo menos imagino, que ele sabendo que teria de abrir mão uma hora ou outra do sistema escravocrata onde a economia do país até então se baseara somado ao terrível conde Du agora próximo de si como também o estrategista Marechal o levou ser condescendente com o país que ele amava, e deixar o já forte partido Republicano implantar seu sistema forçando a Imperatriz sua irmã a seguir seu caminho. Mas logicamente que são hipótese provável que imagino pelo silencio da história que não deu a Campos Salles uma maior atenção, que aliais foi generosa com Rui Barbosa, e no entanto ele não conseguiu sua eleição a Presidência por ele tão sonhada. Sei o que me espera na avaliação de algum sociólogo, pois recentemente comecei a ler Gilberto Freire e sei-o intransigente com os quem aventurasse por estes caminhos. Mas não teríamos esta visão, porque só quem proletário em épocas de modernidade poderia em um país, onde a Democracia, célula e porque não razão Republicana, norteando a nação poderia ter a liberdade de pensamento para expor estes e outros pensamentos.

Kiko Pardini.

Kiko Pardini
Enviado por Kiko Pardini em 30/11/2008
Reeditado em 01/12/2008
Código do texto: T1311688
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