Presságio
Suas promessas são tão passageiras como as chuvas de verão, sempre acabam nas quedas da enxurrada. Ontem passei sua roupa chorando, cada dobra, cada nesga de pano que o ferro transformava em seu deslizar suave, parecia representar nossa vida. O cuidado entre os botões e punhos, delicadamente eram contornados para a harmonia do trabalho que executava. As vezes me sinto assim, deslizando entre botões e pregas, buscando sinceridade no rumo que aos poucos vamos tomando sem querer. Meus perdões... suas promessas, meus taxis e sua cerveja e o tempo passando nossa vida amassada. Hoje eu precisava da certeza que nunca tive de sua palavras, para poder prosseguir, mas vejo da janela uma tormenta se formando.
Stelamaris