EDUCAR É EDUZIR

Existem delinqüentes pela ausência de uma verdadeira educação na escola e no lar. Tarefa que o verdadeiro educador e pais devem desenvolver para manifestar o que já existe na natureza do educando. Uma filosofia ou teologia que admite que o homem seja mau por natureza não está falando em eduzir, mas impingir ao educando algo muito alheio a sua natureza. Contrário à educação.

A boa ordem social não está na política partidária, mas na ética que está radicada no indivíduo e se projeta na sociedade. Só a educação faz o homem bom e pode promover a ordem social. A educação é mais profunda que a instrução. Esta faz o homem erudito. Ambas são necessárias, mas a mais importante é a educação da consciência (auto-educação). Não existe alo-educação. Podemos mostrar o caminho pelo qual o ser possa educar-se. O professor, os pais são guias talhados para eduzir.

A crise na educação brasileira, advém de um permanente estado de incerteza da humanidade. Visto não ter atingido ainda uma ética avançada. É preciso lutar, principalmente o educador, para se ligar na verticalidade (abrir-se para o infinito) e receber as benesses que não estão em livros.

Pelo que observamos, acreditamos que os grandes malfeitores da humanidade não foram analfabetos, mas sim, homens que não educaram a consciência. Já existe no mundo um movimento de auto-educação. Nos países germânicos, Novo Espírito; nos países Anglos Saxônios e no Brasil, Auto-realização. Precisamos mais: conhecer o Perispírito. Certamente, o sistema educacional no seu aspecto ético-moral mudará, e por meio dele toda a humanidade.

O maior dos educadores disse há mais de dois mil anos: “O Reino dos Céus está dentro de vós, mas é ainda um tesouro oculto que deveis descobrir”. Compreendemos que há um elemento bom no homem e a necessidade de revelar esse tesouro oculto na vida diária. Para tanto é necessário orientar a criança, e o jovem para que esse Reino venha eclodir. Cuidemos daqueles que são a nossa esperança.

Com base na auto-educação os estudiosos já se preocupam com a Escola que queremos e precisamos. Esta terá o aspecto de um lar transitório, rico de segurança emocional e cultural. Só pelos valores éticos e morais é que a Escola chegará a uma educação que observe e respeite a universalização dos direitos.

Os meios educacionais estão cheios de filosofias contrárias à educação. O behaviorismo de Skinner diz que “a liberdade é um mito”. “O livre-arbítrio não existe”. É uma filosofia que diz que somos autômatos, condicionados pelo meio ambiente. Se não há livre-arbítrio não há base para a educação. O homem tem a alternativa de ser bom ou mau. Mas se ele é obrigado pelas circunstâncias a ser mau ou bom, acabou-se toda a base para a educação. O vazio moral é representado pela angustia existencial representada na arte moderna; pintura, teatro, literatura, cinema, televisão... Vêm da falta de autoconhecimento. A auto-educação é a perfeita evolução da natureza integral do homem. Este quando profano abusa de tudo, inclusive de si mesmo, a fim de ter momentos de prazer superficial. Mas o homem cósmico usa de tudo sem abusar de nada. Isto é verdadeira educação. Enquanto o ser confundir felicidade com gozo, ou infelicidade com sofrimento, não tem o caminho aberto para a verdadeira educação. O homem auto-educado pode ser feliz no meio de gozos.

O fim da educação é tornar o homem um ser integral. E a escola sem apoio total da família não pode fazer milagres. Mas pode fazer a educação acontecer de forma eduzida. A boa aula deve ser participativa, polivisual (sem poluir), elaborativa e principalmente acompanhada de pesquisa séria. E a avaliação um meio de mensurar aluno e mestre.

Não se aprende porque aumentou ou encurtou o calendário. Mas pela motivação que se imprime ao trabalho das aulas. Isto é eduzir.

Eloina Lima
Enviado por Eloina Lima em 16/11/2008
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