TRILHA SONORA - antes do show! (série Cyndi Lauper)
Têm coisas realmente que acontecem sem explicação... O amor é uma delas, mas eu não sei isso que vou contar é um caso de amor, ou uma doença passageira, uma febre que vai passar e depois ficar tudo bem. Não que não esteja tudo bem, pelo contrário: vivendo assim me sinto ótimo!
Deve estar fazendo dois anos, não mais do que isso, que eu conheci, ou melhor, fiquei sabendo da existência de uma mulher, na verdade agora uma senhora... de palavras quentes, Cabelos ao sol, o par de íris mais expressivo do planeta, eu ouvi uma música... Aquela música que todo mundo já ouviu e não se lembra na verdade quem é o cantor, aquela sensação de lembrança deliciosa, que poucos vão a fundo para desvendar o mistério... Eu fui a fundo, e não fui fantasiando com fadas, mas fazendo folia com o festival que era aquela voz! Eu sabia seu nome do clip, o primeiro clip que havia assistido num recente dvd de flashbacks: True Colors. Me encantei com a loucura daquela moça cantando com alta dramaticidade, vestindo aquela saia de tiras de jornal, e um penteado platinado pra lá de exótico... “Era louca igual a mim” Foi paixão (arrebatadora) a primeira vista, precisava descobrir mais sobre aquele ser. Seu nome verdadeiro é Cinhtia Ann Stephanie Torton Lauper, a Cyndi Lauper. A cada novo passo na minha caminhada, descobria que ela tinha mais a ver comigo: o jeito brincalhão, as piadas interpretadas, a doação pela arte, a animação, em muita coisa somos comuns. As canções todas maravilhosas, algumas não gosto, tudo bem, mas a maioria... I drove all night é minha favorita: A introdução no violino, e aquela voz sussurrada nas palavras certas, e na batida contagiante, e quem nunca ouviu “Girls Just Wanna Have a Fun”? Ao menos uma vez na vida, depois de 1983 todos no mundo inteiro ouviram, e gostaram! E quem nunca copiou ou pensou em fazer aqueles cabelos coloridos e desarrumados. Ahhh, e o seu jeito de dançar é o máximo!
Um minuto a mais e me via num encantamento, estado de êxtase, ainda maior que o anterior. A maior cantora pop do mundo: “Sua voz atinge quatro oitavas”. A única a emplacar quatro, (ou cinco, nem lembro agora), sucessos do mesmo disco nas paradas. “Ao vivo, todos se preocupam em não perder a voz para a platéia. Eu tenho que controlar a minha pra não estourar seus tímpanos.” A mulher que agradece cada sessão de aplauso, e sente a música lá dentro da alma, e escreve as próprias letras, que adora subir num piano para dar seus agudos incríveis, de repente ela abre a boca e durante uma eternidade o som se propaga e a gente se encanta. A Cyndi é de vária fases, sempre se reinventando e sempre incrível.
Eu precisava das músicas, de mais músicas, e num desses comuns programas da internet, baixei tudo que localizei com seu nome: All trough the night, aquela balada que lembra um céu estrelado, Time after time pra apoiar a quem se precisa e recordar bons momentos, I drove all night pra uma louca paixão, Shine pra uma comemoração entre amigos e uma mensagem super positiva, True Colors pra se emocionar, Money Changes Everithing pra extravasar, Change of Heart pra colocar mais bom gosto e alto estilo, o tema dos Goonies pra lembrar a infância... E por aí vai, cada canção tem algo de muito importante a nos dizer. E depois que gravei este CD com a músicas que consegui, não parava mais de ouvir, deixei de lado uma banda de dance music da Bélgica, pela qual era fascinado: Lasgo. Ainda gosto, mas Cyndi é maior em todos os termos, mais clássica, mais a minha cara. Não é mais uma música sem noção da letra e com uma batida qualquer como temos aos milhares aí na atualidade... Todo acorde é bem pensado, planejado, ela mesma coloca sua mão em tudo, por isso fica fantástico.
Então comecei a pesquisar os albúns na internet novamente, e fui baixando mais músicas, e lógico vendo as letras e aprendendo a cantar... Não erro mais, e sei o significado, pra não sair falando besteira. Os áudios estavam encaminhados, eu queria mais: era hora de procurar um DVD, e no dia seguinte a que pensei isso, em Itajaí, cidade próxima a minha, achei numa loja da CD Company, na liquidação de final de estoque: “Cyndi Lauper Live in Paris”. O mundo parou, e aquela garota de trinta anos, com óculos gatinho rosa, casaco de veludo e a torre eiffel de fundo me olhou fixamente, e não pude resistir a tentação de leva-la para casa, sei que a moça perguntou no caixa: - É este mesmo que você vai levar?... Você gosta de Cyndi Lauper, e ainda voando imaginando as músicas na minha TV, eu respondi segundos após um longo e prazeroso: - SIIIIIIIIIIIIIIIM!
E depois comprei maus um pela internet, esperando ansiosamente cada dia, depois do pagamento do boleto, e depois comprei um no camelô de Balneário Camboriú, cidade intensamente turística da minha terra. Eu perguntei: - Tens algum DVD da Cyndi Lauper?
Ela respondeu: - Tenho alguma coisa sim.
Então ela mesma procurou naquela caixa de sapato pra mim, e de repente vi de relance apenas as madeixas louras com aos braços levantados e o microfone, eu suspirei:- Ali, eu vi!
E então adquiri (pirata mesmo) o At Last.
E aos meados deste ano mesmo, o CD novo: Bring ya to the brink, chegou ao Brasil, doze músicas inéditas. E devido ao alto preço de lançamento de lançamento decidi esperar um pouquinho. E achei um tempinho depois na CD Company de Balneário Camboriú, por um bom preço. Mais uma vez um álbum cheio de maravilhas!!!! Obrigado Meu Deus, e obrigado Cyndi!
E desde o ano passado corre a notícia do show no Brasil em 2008, me programei,me emocionei, e como muitos, espero mais do que ansioso, pra vê-la (no meu caso pela primeira vez) e cantar junto, e me acabar, viver um dos momentos mais felizes da minha vida... Veio o ingresso, veio a camiseta, veio a Jéssica (companheiraça pra ir junto) e as passagens na mão, é só curtir, e agüenta coração.
O mundo Cyndi está aí, ela própria está aí. Será inesquecível!!!
Aguarde, nas próximas semanas o texto: Trilha Sonora – depois do show, com todo meu ponto de vista e relatos deste grande evento.
Douglas Tedesco 12.11.2008