É certo de que o povo brasileiro pouco sabe sobre a realidade de sua história, de sua colonização. Podemos vislumbrar tal fato no cotidiano, em que a sociedade é marcada por uma série de preconceitos inexplicáveis, que percorrem gerações de forma assustadora, em velocidade que poderíamos comparar à da genética, que provoca enfermidades hereditárias.
Não é à toa, que todas as transformações em uma sociedade giram em torno de um único fator. Estamos aqui falando do poder econômico, que transforma e reforma, promovendo uma inconsciente exclusão social, prejudicando a interação entre os povos e rompendo laços de comunicação.
Não é diferente do que acontece com a nossa Língua Portuguesa, que sofre variações internas (gramaticais) ou externas (com a migração de palavras estrangeiras), ou mesmo funcionais, de tempo em tempo, sem qualquer espécie de explicação ao povo.
Uma língua complexa, mal interpretada e, apesar de possuidora de um maravilhoso conteúdo histórico, rejeitada por grande parte do povo que se rende ao ostracismo ou as facilidades da oralidade, às vezes criando formas de comunicação que se tornam isoladas, alicerce para o surgimento de novos guetos e posses.
Alguns denominam tal fenômeno de “Ação Capitalista”, porém, o capitalismo não era considerado como um sistema econômico em nosso país antes do século XX, mesmo porque, embora a sociedade brasileira, já nos séculos XVIII e XIX, manifestasse tal tendência econômica, o nome não era utilizado oficialmente.
Isso não impediu que muitas modificações em nossa língua fossem provocadas pela força imposta do poder das castas sociais.
No decorrer dos séculos foram pouquíssimas as obras literárias que produziram textualmente nobres e significativas transformações. Quando me refiro a esse fenômeno, falo sobre ícones literários que sobrepujaram os conceitos nobres de suas épocas e marcaram presença com suas ideologias lingüísticas, adaptando ou reformulando a nossa gramática, mesmo não ostentando nobreza; Machado de Assis torna-se uma referência e um significativo exemplo.
Em pleno século XXI, ainda estamos à mercê de uma vasta imoralidade preconceituosa que varre o pensamento humano e anula a sua óptica, deturpando valores sociais. A língua, infelizmente, é utilizada como uma forte arma a favor da exclusão social; passando esta pela nossa educação em sala de aula, transformando-se desordenadamente, sem conceituações.
Não somos possuidores do patriotismo necessário para radicalizar e racionalizar as nossas ações sociais. Ainda não somos. Mas se preservarmos a mastreia de nossa história; da real história, se dignificarmos a língua materna com o brilho que lhe é herança, talvez consigamos uma introspecção em busca da reflexão de nossos atos.
Somente um sério movimento de nossos educadores poderá frear tamanha ignorância de valores sociais.
Que sejam estes então, os educadores de hoje e seus discentes, os precursores de uma nova realidade educacional, que mova o país rumo a uma conscientização unificada de nossa máxima; a história do Brasil, pois sem o real conhecimento dela, não terá alicerce o futuro da Nação.
Contatos para o Seminário:
sergioev@terra.com.br
(11) 7394-8663
Duração de 04 horas - Público: Profissionais da Educação / Diversos Segmentos da Sociedade
Não é à toa, que todas as transformações em uma sociedade giram em torno de um único fator. Estamos aqui falando do poder econômico, que transforma e reforma, promovendo uma inconsciente exclusão social, prejudicando a interação entre os povos e rompendo laços de comunicação.
Não é diferente do que acontece com a nossa Língua Portuguesa, que sofre variações internas (gramaticais) ou externas (com a migração de palavras estrangeiras), ou mesmo funcionais, de tempo em tempo, sem qualquer espécie de explicação ao povo.
Uma língua complexa, mal interpretada e, apesar de possuidora de um maravilhoso conteúdo histórico, rejeitada por grande parte do povo que se rende ao ostracismo ou as facilidades da oralidade, às vezes criando formas de comunicação que se tornam isoladas, alicerce para o surgimento de novos guetos e posses.
Alguns denominam tal fenômeno de “Ação Capitalista”, porém, o capitalismo não era considerado como um sistema econômico em nosso país antes do século XX, mesmo porque, embora a sociedade brasileira, já nos séculos XVIII e XIX, manifestasse tal tendência econômica, o nome não era utilizado oficialmente.
Isso não impediu que muitas modificações em nossa língua fossem provocadas pela força imposta do poder das castas sociais.
No decorrer dos séculos foram pouquíssimas as obras literárias que produziram textualmente nobres e significativas transformações. Quando me refiro a esse fenômeno, falo sobre ícones literários que sobrepujaram os conceitos nobres de suas épocas e marcaram presença com suas ideologias lingüísticas, adaptando ou reformulando a nossa gramática, mesmo não ostentando nobreza; Machado de Assis torna-se uma referência e um significativo exemplo.
Em pleno século XXI, ainda estamos à mercê de uma vasta imoralidade preconceituosa que varre o pensamento humano e anula a sua óptica, deturpando valores sociais. A língua, infelizmente, é utilizada como uma forte arma a favor da exclusão social; passando esta pela nossa educação em sala de aula, transformando-se desordenadamente, sem conceituações.
Não somos possuidores do patriotismo necessário para radicalizar e racionalizar as nossas ações sociais. Ainda não somos. Mas se preservarmos a mastreia de nossa história; da real história, se dignificarmos a língua materna com o brilho que lhe é herança, talvez consigamos uma introspecção em busca da reflexão de nossos atos.
Somente um sério movimento de nossos educadores poderá frear tamanha ignorância de valores sociais.
Que sejam estes então, os educadores de hoje e seus discentes, os precursores de uma nova realidade educacional, que mova o país rumo a uma conscientização unificada de nossa máxima; a história do Brasil, pois sem o real conhecimento dela, não terá alicerce o futuro da Nação.
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