INTEGRAÇÃO X INCLUSÃO! EIS A QUESTÃO!

Ao citarmos inclusão e levantarmos essa bandeira, devemos nos atentar para questões que são pertinentes e importantes quanto ao tema.

Inclusão de crianças portadoras de deficiência ou com dificuldade de aprendizagem, ou com qualquer outra “particularidade” que as diferencie das outras crianças, têm seus direitos à inclusão, devem freqüentar escolas regulares e não mais escolas especiais que também são segregadoras.

Quando citamos uma criança especial, devemos analisá-la como um todo, inclusive suas potencialidades, suas necessidades, seus sonhos, seus anseios e toda sua esperança por uma vida igual em direitos, uma vez que é igual em obrigações.

Incluir ao pé da letra é adicionar, é manter todos no mesmo espaço, entretanto integrar tem um peso muito maior que apensas incluir.

Integrar é preocupar-se verdadeiramente com essas crianças, é querer e proporcionar a elas o mesmo crescimento, por mais que tenha limitações.

Integrar é proporcionar as mesmas oportunidades, é trabalhar a aceitação, o não pré-conceito, porque nós professores diante de todas as dificuldades da profissão também temos nossa carga de pré-conceitos, de pré-julgamentos, que aniquila nossas ações, nossa prática, e nos projeta uma incapacidade sem que saibamos e conheçamos nossas capacidades.

Ao encontrarmos uma criança especial, porque são especiais, e também deve ser assim qualificada nossa prática docente com relação a elas, nos defrontamos imediatamente com medos, angústias, sentimento de impotência, de incapacidade, e nesse turbilhão de sensações negativas, não nos damos a oportunidade de aprender com elas diariamente.

Não conseguimos sequer enxergar a grande lição de vida que se nos apresenta ali naquele instante.

Não conseguimos, muitas vezes sequer nos doar um pouco. Nosso pré-julgamento vêm a frente com respostas prontas:

Não vou dar conta! Não queria uma criança assim em minha classe! Como vou lidar com as dificuldades? Não posso atrapalhar o rendimento da turma! Não sou qualificado! Não esperava por isso!

Essas questões se antepõem em nosso inconsciente, e não nos damos a chance de aprender com essa nova experiência de vida.

O pior, somos espelho para nossos alunos! E, em uma recusa nossa em nos doarmos, conseqüentemente, grande parte dos alunos envolvidos no processo tornar-se-ão tão insensíveis quanto nós!

Precisamos integrar e harmonizar, despertar em nossos alunos o respeito para com seu colega, despertar nele o sentimento de colaboração de ajuda mútua e muito mais que isso, vivenciar cada experiência e aprender a cada instante com a diferença.

Essas crianças têm muito a nos ensinar, seus exemplos de vida, de superação, de força, de garra, e de vitória, deve ser nosso espelho, porque superação e vencedores são as melhores palavras para qualificá-los, e a melhor qualidade de um ser humano.

Vamos levantar essa bandeira, e nos dar a chance da integração, mas de uma integração verdadeira! Com todos os obstáculos, com todas as diferenças, com todos os limites, e vamos crescer juntos, porque ensinar e aprender é e sempre será uma troca, a maior da vida humana..

Por Michele Oliveira Pereira em www.educacaoeinclusao.blogspot.com

Educação e Inclusão
Enviado por Educação e Inclusão em 23/10/2008
Reeditado em 23/10/2008
Código do texto: T1243885