AVALIAÇÃO DE CRIANÇAS ESPECIAIS

Em primeiro momento ao lançarmos uma avaliação a qualquer aluno nosso, devemos primeiro avaliar nossas formas de avaliar.

Todas as crianças têm seus limites de aprendizagem, isso deve ser levado em consideração nas nossas práticas pedagógicas, na nossa rotina de sala de aula.

Avaliar é, entretanto, uma tarefa complexa, e que não se restringe apenas à ação de dar provas e analisar quantitativamente resultados a cerca do aproveitamento escolar.

Em uma avaliação, na realidade obtemos dois resultados

- o rendimento dos nossos alunos, a assimilação da matéria dada, suas dificuldades e suas aptidões.

- o nosso desempenho, nossa prática docente enquanto professores.

Avaliar, requer conhecimento e domínio.

Dominar o conteúdo, conhecer cada aluno e o conjunto.

Conhecer cada aluno em suas singularidades, o que quer dizer, conhecer suas dificuldades em aprender, seus problemas que podem interferir diretamente na qualidade desse aprendizado, suas aptidões, para melhor adaptarmos nossa prática docente e conseqüentemente nossa forma de avaliar.

Educar, não é tão somente educar uma turma, é educar individualmente, uma vez que todos são capazes de aprender, e têm esse direito.

É a partir do entendimento de cada aluno como um todo, e não do todo como um aluno apenas que conseguiremos atingir nossos objetivos.

Cada aluno tem suas particularidades, e nesse contato que deve ser olho no olho, direto, que descobriremos a melhor forma de avaliar.

Acho importante ressaltar que cada um tem seu tempo, sua maturidade, seus limites, suas condições, mas podemos sim, despertar esse encantamento em nossos alunos! e mais que isso, levá-los a deslumbrante viagem ao conhecimento.

É possível, poderemos sim achar sempre um caminho, e diante de alunos especiais devemos conhecê-los bem e conhecer seus limites, uma vez que se desrespeitarmos essa fronteira, certamente só conseguiremos nossa frustração quanto a nossa prática, e possivelmente, essa criança estará fadada ao insucesso em sua vida escolar.

Não podemos cobrar além de suas capacidades, jamais! Devemos nos adaptar, trabalhar nosso conhecimento, vencer nossos pré-conceitos, e aceitar limites.

Cada aluno é um!

Conhecendo cada um em suas potencialidades e em suas dificuldades todo o nosso trabalho tornar-se-á muito mais fácil e fluirá sem cobrança.

Avaliar uma criança especial requer uma avaliação especial que caiba no seu desenvolvimento, que seja compatível com o que essa criança aprende, uma vez que para cumprirmos formalidades precisamos avaliar quantitativamente.

Devemos criar um quadro avaliativo, levando em conta toda a rotina escolar dessa criança e avaliar mínimos progressos, uma vez que são progressos.

Se a criança não se adequar, ou não for capaz de acompanhar a avaliação usualmente dada ao resto da turma, que troquemos sua forma de ser avaliada, que nos adeqüemos à forma diferente de aprender dessa criança, mas que avaliemos conscientemente de que cada progresso contribuirá por menor que seja para o crescimento intelectual e para a autonomia dessa criança.

E, nossa grande recompensa será um sorriso no rosto dessas crianças ao verem que são capazes.

Por:

Michele Oliveira Pereira

em www.educacaoeinclusao.blogspot.com

Educação e Inclusão
Enviado por Educação e Inclusão em 22/10/2008
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