SIRVO A POESIA: NUA OU CRUA?
I
Assim assadas, sigamos ENÊ, um dia a gente acerta a receita! Que deve ser moderada: nem tão assim...nem tanto assada! Por enquanto...a gente somos inútil!- portanto, cruas...e nuas.
Como deve ser um poeta. Eh eh! Abraços. MAVI.
Enviado em 21/10/2008 01:45
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II
RESPONDENDO: acho vc inteligente, porém dizer-me que poetas são ou devem ser nus e crus? oh, moça... assim a poesia e eu concordaria. na direção do seu pensamento, já observei coisas, mas não em relação a poetas, necessariamente; criminosos e inocentes, em agonia ambos, por serem talvez, um vítima do outro, reciprocamente. vice-versadamente, compreende? abraço, Ene
Enviado por Sem Textos em 21/10/2008 01:51
para o texto: AUTODESLIGAMENTO (T1239564)
TRÉPLICA DO PENSAMENTO:
Nesse tempo de tanto debate, é debate que não acaba mais, embora muito dos quais não servem para nada no que se refere aos caminhos políticos, então achei por bem pedir licença à poetisa ENÊ, para que- DE CARONA- possamos entrar na atual moda das réplicas e tréplicas.
E minha cara ENÊ, ainda outro dia, aqui num ensaio, eu dizia que foco a poesia por necessidade, acho que para fugir do mundo.
É difícil enxergar e não saber muito bem o que fazer com o sentimento.
MAs é um ledo engano meu , este de acreditar que a poesia traveste a realidade ao nosso bel prazer. Pelo contrário.
Na verdade a poesia é sim, nua e crua. Eu explico.
Cada vez que com ela entramos em contato, mais afundamos nas faces ocultas do versos perenes que perambulam pela vida.
No sentido que primeiramente a poesia escancara os fatos para OS CORAÇÕES, mesmo aqueles que nos parecem mais ocultos e nos traz a tona a realidade do mundo, inclusive a realidade metafísica.
Quem me conhece sabe que sou fã de Fernando Pessoa.
Ninguém como ele mostra em seus heterônimos, como embora tentemos travestir os olhos poeticos, a via final comum à poesia é sempre a mesma:enxergar, sentir, desnudar e partir, de si mesmo, para o mundo de quem nos lê. Portanto apenas devolvemos a realidade multiprocessada.
São sempre os nossos "nós" que estão lá, nós...inteiramente aos pedaços! E independentemente da identidade que queiramos assumir...momentaneamente. Julgo que essa foi foi a maior mensagem de Fernando Pessoa em suas outras identidades poéticas, porém mais que reais!
A façanha do poeta é apenas enfeitar..."o nú e o crú"! E ensinar que o nú pode ser belo, e o crú deveras saboroso.
Sigamos então, todos os poetas , indistintamente, a torcer a alma, a estridular as vozes, para que soltemos os gritos embargados da poesia.
Um dia alguém a enxergará nua, e a degustará crua.
E teremos cumprido a nossa missão....a de poetar a vida, exatamente como ela é!
Só não saberia dizer se a vida é vítima dos poetas...ou se são os poetas...vítimas da vida.