Ensinar com afeto
Ensinar com afeto
Em todas as relações humanas estão presentes relações de afeto, de construção, de re-significação, de aprendizagem, portanto, toda relação humana deve partir necessariamente de um ato de troca.
Devemos levar em conta que o ato da troca estará sempre permeado por afeto.
Verbalizando afeto, temos: o afeto que nos preenche, que nos motiva, alavanca e nos lança a uma construção subjetiva, a uma re-significação e edificação de valores que permearão todas as nossas emoções e relações futuras.
Esses valores ficam sedimentados e dificilmente serão postos a prova dadas às situações vivenciadas. São essas relações, esse afeto positivo, que nos encoraja. São nessas construções que devemos nos apoiar enquanto educadores.
Devemos avaliar nossas práticas docentes e verificar onde, domo e quando estamos disparando esse gatilho que será o gatilho construtor, que formará alunos capazes, motivados e felizes.
É esse gatilho que acionará o dispositivo troca, tão indispensável à relação ensino/aprendizagem e que nos colocará professores acessíveis e em igual parâmetro com nossos alunos, uma vez que ensinar também envolve aprendizagem.
Porém, há uma nuance negativa da palavra afeto, que não pode ser considerada irrelevante, uma vez que ao dividirmos o afeto, está à mesma proporção que a primeira significação.
O afeto negativo é a base massificadora da baixa auto-estima, é a construtora de relações negativas, é a válvula motora para a construção da desigualdade. Afeto é o eu afeta!
Esse lado sombrio do afeto é o gerador das misérias humanas, é o destruidor das relações subjetivas, é o fator impedidor da re-significação, é a muralha da exclusão, é a instauração da escravidão intelectual.
Nossa prática educacional deve estar pautada em uma análise dos pesos e das medidas de nossos atos.
Temos o compromisso com a educação e que essa seja feita com afeto, uma vez que é através do afeto que construiremos valores, que solidificarão as bases das construções humanas.
Só com afeto conseguiremos motivar e encorajar nossos alunos para uma vida autônoma, segura, e sem fronteiras.