Como avaliar uma criança com necessidades educacionais especiais?

Avaliar é uma questão que gera angústia nos professores principalmente com relação a crianças com necessidades educacionais especiais. É nessa hora que colocamos à prova nossa capacidade como ensinantes, como transmissores, como ponte para o conhecimento.

Entretanto, temos que levar em conta uma questão chave: crianças com necessidades educacionais especiais têm suas limitações, e apenas devemos avaliá-los dentro de suas possibilidades.

Nesse caso, avaliar torna-se um grande instrumento medidor. Através da avaliação poderemos perceber o quanto e como essa criança está ou não evoluindo.

A partir desses resultados, nós professores, também somos avaliados, e principalmente nossas técnicas, e quando percebemos nossas falhas, precisamos recorrer de nossa sensibilidade para desenvolvermos novas técnicas, novas maneiras, novos saberes que irão proporcionar o encontro de nossas crianças com a mágica do saber.

Avaliar, portanto não é apenas dar notas - apesar de precisarmos cumprir com as normas legais da educação, as notas podem ser dadas a essas crianças de acordo com seu desempenho. Nós como docentes, podemos elaborar nosso próprio critério para quantificar esse rendimento escolar.

É sabido que as crianças com necessidades educacionais especiais têm seu desenvolvimento compassado, e muitas vezes não acompanham o mesmo ritmo da classe. Desta feita, a avaliação também deve ser diferenciada, mas não nos esqueçamos que essas crianças têm os mesmos direitos com relação ao aprendizado e nós o mesmo compromisso de prepará-las da melhor forma possível para uma vida autônoma e com qualidade. Elas também precisam ser críticas, precisam ser independentes e também precisam se preparar para o mercado de trabalho.

Em resumo:

As notas devem ser dadas de acordo com o rendimento da criança, também de forma diferenciada e de acordo com um gráfico que o professor montaria pra avaliar essa criança, é interessante que o professor estabeleça uma pontuação de acordo com os parâmetros de desenvolvimento e limitações da criança, porque de uma forma ou de outra HÁ um desenvolvimento e um rendimento, e é esse desenvolvimento que deve ser avaliado.

É sabido que o rendimento de crianças com necessidades educacionais especiais nem sempre será no mesmo nível que o rendimento das crianças que não apresentam necessidades educacionais especiais, mas haverá um desenvolvimento que deve ser avaliado e quantificado, mas lembre-se avaliando também as dificuldades.

Para que essa avaliação seja mais significativa, os pais devem estar cientes da forma que seus filhos serão avaliados, e principalmente estar cientes da necessidade especial da criança, bem como do progresso da criança.

Esse processo deve ser de acordo com a professora, com os pedagogos, com os pais, ou seja, há que haver uma concordância entre as partes, e, se levando em consideração as dificuldades que a criança apresenta para que não seja prejudicado seu processo de aprendizagem.

Só com um trabalho conjunto alcançaremos o sucesso na aprendizagem de nossas crianças mais que ESPECIAIS.

Sugestão para avaliação:

criar um gráfico qualificativo:

satisfatório regular: 5-6

satisfatório bom: 7-8

satisfatório ótimo: 9-10

Insatisfatório: 5-0

Para esse gráfico ser otimizado, temos que estabelecer parâmetros, e para isso precisamos planejar. Só com um planejamento bem detalhado e cumprido poderemos avaliar melhor.

Quando lançarmos uma atividade devemos ter em nosso planejamento o resultado que pretendemos obter, de acordo com o resultado que a criança apresentar na participação, na execução e na interação com a tarefa assim ele será avaliado.

Dessa forma, planejando, executando e avaliando, poderemos melhor avaliar nossas crianças e quantificar através das notas seus resultados.

Por Michele Oliveira Pereira em www.educacaoeinclusao.blogspot.com

Educação e Inclusão
Enviado por Educação e Inclusão em 05/10/2008
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