AnôniMassa
Ato 1
Ar! Quantas artimanhas... Quantos artifícios...
Ela chega vento... Ela chega solta... Lenço... Movimento...
Corre livre, em conchas... Mente... Infelizmente!
Nada vibra... Nada expande... Fica morta... Gira torta...
Passaporte... Que nada importe!
Ar! Respirar... Purificar... Sufocar... Sem ar eu não vivo, por lá...
Que louca mania de especular... Ora mansa, ora espectro!... Dança...
O corpo em movimento... Dança... Tua paz, em vil momento...
O quanto vais ao fundo?... Pergunto!... O quanto giras o mundo?... Responda!...
_ És tão descontrolado... Que isso fique afirmado... !!!...
Nem a aura reluzente de um anfitrião celeste dirá o rumo daquilo que te entristece...?
_ Que bobagem!... Quanta coisa falha, em doce encantamento... O que te importa... Sou eu!...
Maquiagem... Rapidamente!... Meu corpo se derrete... _ Grude! Vamos, lentamente...
Psiu!... Silêncio!
Minha face está sublime... Veja só, que disparate!... Virada, veio a calhar... Posso ler em dó menor...
_ Chega de lamúrias!... Seus pés correm a estrada guia... Na encruzilhada pare!...
Rodopie... É o vento... Escuta... Brisa...
Ele chega... Sopro em som... Mundo pequenino, feito mimo... Na escuridão!
O embate... _ Corre letra!... Não castiga...
Na máscara, reflete o brilho!... Pierrô! Lágrima que rola solta... Menina que brinca, na face...
Abaixa a cabeça... À flor se lança!... Menino... Criança!... Vira-vira... Roda e dança... Já é Homem!
_ Olha! O que vês?... Verdes campos... Prado!...
_ Vinho... Mesa posta!... Obrigado!
Pena!... Escreve solta... Labirinto...
_ Corre! Venha ver a chuva fina... Quanta fixação! Inunda o corpo... Invade a alma...
Tapete... Chá... Escrivaninha... Em Ato... Papéis soltos deliciados! Tudo revirado...
21:03