REFLEXÕES PÓS MODERNAS
Todos os discursos, sistemas de signos, significações conscientes e inconscientes que definem a meta-ficção que é o próprio mundo real, já não são tão essenciais a existência individual. Na medida em que a experiência da individualidade e singularidade humana se desloca do referencial coletivo e das abstrações de uma “Humanidade” afirmando-se como auto-consciência e finitude, os referenciais coletivos e históricos deslocam-se do centro das vivências culturais abrindo caminho para uma desfamililidade ontológica que passa a mediar a experiência sensível do mundo.
Através de uma abertura maior a tudo aquilo que não cabe na palavra, da desconfiança dos poderes dos enunciados, nos tornamos um pouco irracionais, egocêntricos e vorazes no jogo de nossos desejos e sentimentos de mundo. A Vida tornou-se tão complexa, hostil e incerta, que nos faz duvidar da aplicabilidade do conceito de sociedade e coletivo ao complexo conjunto de redes de sociabilidades em que estamos inseridos e fazem o mundo acontecer em seus protocolos cotidianos.