CRIME E CASTIGO*
Eu aprecio este querer, e somente,
Quando tua voz vacila eu recorto
Uma nota solta na mente carente
E em prantos nela me transporto.
É emoção forte, me anula e leva
Ao receio diante do sinal de perigo,
Na centelha que dissemina e ceva
A justiça entre o crime e o castigo...
Excerto do poema CRIME E CASTIGO
Realmente há uma densidade nos versos muito grande.É um poema sobre loucura
neuroses, nos relacionamentos.
Situação em que os significados das palavras e expressões corporais, ficam confusos e cada um vê a mesma situação de forma diferente.
Isto gera angústia e desconfiança, afeta a relação e como se trata de desconfiança, pode assumir ritos de sensação de traição e isto complica ainda mais, levando ao exercício de juízo de valor e um censo de justiça (auto defesa) equivocado.
Considerando a relação, o assentimento das pessoas envolvidas pode ser colocado entre o crime e o castigo, (sensação de culpa, auto punição e no caso do “outro” revanches infundadas, vinganças acirradas).
Neste desequilíbrio este trânsito entre o crime (o que praticou, ou o que o outro acha que o outro praticou), e o castigo, o retorno do outro diante da situação, a qual, tende a querer punir e castigar.
É uma situação vivenciada pelas pessoas, em qualquer tipo de relacionamento, a verdade é que quanto mais aproximada for a relação, a situação se repete mais, mesmo nos mais comprometidos com a fé.
Ibernise.
Indiara (GO), 13SET2008.
Inédito!
*Núcleo Temático Filosófico.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.