CARTAS PARA A GUEIXA SAYURI - A CHEGADA (II)
A sombra da montanha... Vendo Dragões e Lobos... Refleti em ti, meu velho corvo... E...Pensei...
“As pessoas são O QUE VEMOS...
Ou o QUE QUEREMOS VER...
Quixotes e moinhos...
Sóbrios ou em vinho...
E lamento saber como estes seus belos olhos me vêem...
Então esta alma é por demais negra...
E me torna um pesadelo vivo...
Completo fracasso...
Será assim...
Mas você deixa cair...
Tento segurar...
Mas lá chegará... No fim.
Não há nada de macabro
É um fato...
Senti-me cansado,
Sem rua
Sem lua,
Sem uivo,
Sem calor...
Sem amor
Senti a vontade
De sentir frio,
Da irrealidade
Por um fio
E...Pra sempre...”
Não quero aproveitar algo negado...
Algo em pedaços... Migalhas de pão
Estou cansado,
Muitos inimigos e amigos falsos...
Por todos os lados...
Sou um guerreiro vencido...
Aturdido, exausto...
E todos os lados... Estão de frente
Perdi minha espada
E para os pulsos serve-me mais a adaga...
O Tempo passou...
A cor do ondulado levou
Brancas marcas na face e cabeça...
Esqueça!
...O Tempo passou...
A sabedoria dos anos
Pede meu descanso.
O quão longe irá este corpo velho...
Eu não sei...
Mas rogo um bom cavalo, amigos leais...
O Vento no rosto...
Antigo corpo...
Te abandono...
Jovem em alma... Vinho e amigos leais...
Monstros descomunais...
Lutas honestas
Donzelas
Não levo riquezas...
Quero a pobreza da paz...
E desejos banais...
Amigos leais...
Quimeras...
Deixar esta vida e nada mais...
" Amada dama, agora entendo teus desenhos em meus papeis, teus pinceis dançando em seda... arte e beleza...
Hoje as lágrimas dizem o que tu expressavas...
A dor... Ardor no luar, nunca mais será a mesma para este velho corvo, agora que conheço suas curvas, fissuras... E sua textura em suas linhas e lobos..."
"AO PASSADO... LEMBRANÇAS DE UM TEMPLÁRIO"...
Cartas entre Argus Cruxis em 1.169 e a Gueixa Sayuri Sakamoto