Zona de conforto
Durante a vida, as pessoas, de uma maneira geral, costumam acomodar-se, refugiar-se em sua “zona de conforto”. Acostumam-se com uma certa rotina, conformam-se a um determinado modo de vida, seja no âmbito familiar, social ou profissional.
No entanto, a vida é essencialmente dinâmica. Assim, é preciso adaptar-se continuamente às mudanças que ocorrem, sob pena de estagnação e marginalização.
As mudanças são desconfortáveis, trazem insegurança e ansiedade. Mas são necessárias. É preciso preparar-se continuamente para os novos desafios que se apresentam todos os dias. Tudo é impermanente. A insegurança é a regra. Não podemos contar com a estabilidade nas relações sociais, profissionais ou comerciais. A todo o momento, surgem novidades. É preciso acompanhar o progresso inevitável que ocorre a uma velocidade cada vez maior.
O que fazer em tal contexto? Em primeiro lugar, acompanhar de perto o constante desenvolvimento, em todos os setores da vida. Manter-se bem informado a respeito de tudo que seja relevante para a qualidade da vida, o bem-estar, o progresso material e espiritual de si próprio, da família, da comunidade.
Em segundo, manter ativo o processo permanente de desenvolvimento pessoal, a nível psicológico, espiritual e profissional. Mas isto requer motivação, força de vontade, desprendimento. A motivação ocorre naturalmente quando se vislumbra a satisfação de uma necessidade real e atual, quando se destaca um benefício concreto. Mas, muitas vezes, não ocorre a consciência de uma real e atual necessidade. Ou, então, não se vislumbra a satisfação concreta de uma necessidade consciente. Ou, em outra hipótese, não se acredita na possibilidade de se verificar um efetivo benefício em razão de determinada atitude.
Sair da concha, abandonar a zona de conforto é uma providência absolutamente necessária para a manutenção de uma vida digna, plena de qualidade, satisfação e conforto. Parece paradoxal sair da zona de conforto para conquistar maior conforto. Mas é exatamente isto o que acontece: a estagnação conduz ao desconforto, a uma vida marginal, sem sentido.
Para alcançar a plena realização, em todos os sentidos, o ser humano precisa estar sempre em movimento, em ação. Necessita descobrir novidades, participar da vida em comunidade, da política local e nacional. Precisa agregar valor a si e aos outros, contribuir, de alguma forma, para o progresso da humanidade.