RESSENTIDA

Vejo sobre olhos esmaecidos

Objetos deixados displicentes.

Poesias passadas e relidas,

Movimentos sonoros sub-ouvidos

Como teclas perdidas,

Ou letras paleolíticas,

Enterradas sob a mente.

Escreve-se na nova era,

Entre imagens instantâneas

Num subnote...

Ou quem sabe nem se escreve?

A poesia será re-sentida!

E mesmo de roupa nova,

O viver é eterno...

O amor contínuo...

A poesia sente a poesia.