ENSAIO TRADUZIDO: A ARTE DE LER
HENRY JAMES o chamou de "A figura no tapete" em referência ao tema em que um escritor redundantemente fala de algo obsessivamente.
Manguel sabe que isso é a leitura. A ele correspondia o ato de escrever uma historiografia da leitura, um livro que guardou com carinho e colocou em sonhos, antes do que existira. Um livro que redigiu durante um perfeito período de sete anos e que se comunica com a doçura do que é feito com gosto.
Humildemente, a História não tem direito sem uma História. Você leitor, está parado? Pensando no que implique ler uma história da leitura? É muito mais que ler uma história da literatura, coisa que jamais é chamado de literatura.
Este livro: está bem escrito e procedente a uma formosa ficção, supõe que é diferente de tudo que temos lido na literatura.
Depois disso, irá ter quem prefira ler sobre a leitura antes que ler acerca do amor ou sobre as aventuras de heróis. Já Dom Quixote apagou a fronteira entre os livros e o mundo. Loucura? Aventura! Nela insiste Manguel alerta de que há uma "ética da leitura", igual ao que há em "uma arte de ler". Aprende-se de infinitos dados preciosos, por exemplo, do catálogo de escritores que incrementaram sua miopia - alguns até a cegueira, não por escrever, mas para a leitura, pelo qual extensamente explica que sob a tirania dos Khmers Vermelhos, foram assassinados por alguém trajando óculos.
Se por acaso e apesar de já existirem lentes e cirurgias corretivas (Há de se lembrar que nem todos os avanços na leitura têm a ver com computadores), recomendo ao leitor que repasse neste livro a lista de livros de que, de acordo com Óscar Wilde, não há o que ler (
(e que devem estar inclusos, como ele próprio Wilde, nos estudos universitários).
TRADUÇÃO DO ARTIGO DO JORNAL EL PAIS - CRÍTICA: EN EL BOSQUE DE LA LECTURA - El arte de leer - DO COLUNISTA J.A.G.I
DICA DE TRADUÇÃO, PRECISANDO ENTRE EM CONTATO - fabiojrmg@uol.com.br
http://www.elpais.com/articulo/semana/arte/leer/elpepuculbab/20020112elpbabese_2/Tes