A ENTREGA DO SABER: Um Pensar Psicopedagógico
Convergência e sinergia... nos tempos e espaços!
É o que reclama o desejo e o esforço do aprender
e ensinar para a liberdade e a eqüidade.
Com consciência... sentir e compreender
os significados envolvidos no segredo da vida
em cada lugar onde objeto-sujeito do conhecimento
revela a harmonia de sua incompletude.
E, nas reaprendências desse movimento
perceber que com a poesia da criação
tudo se renova a cada rol de vivências criativas
da suposta incoerência do pensar.
Nessa dança paradoxal e apaixonante
composta de ensinantes e aprendentes
tudo é respiração, inspiração da autêntica entrega
e surpresa no compartilhamento de sentidos.
Cadê o gérmen das autorias?
Na ousadia, na coragem, no desejo e na alegria
de ensinar gente a descobrir-se
e construir roteiros e trajetos singulares
rumo ao desvelamento da ciência
do saber com consciência.
Por uma pedagogia do auto-encontro!
É o clamor de quem educa com amorosidade no mundo atual.
De quem educa num espaço transdisciplinar,
habitado no todo que comporta a cidadania
humana e planetária dos múltiplos ritmos
para a dança das diferenças e das vozes distantes.
Terra!
O nosso habitáculo celestial, a nossa casa, a nossa escola...
esse é o lugar para desenvolvermos
a capacidade de viver os encontros
com as nossas inúmeras e insuspeitas sapiências,
como uma via amorosa de crescimento
com o outro que habita em cada um de nós.
No aqui-agora, nos espaços, formas e tempos multivivenciais,
temos seres em conexão e gente aprendendo
a ser Gente: idosos, adultos, jovens, adolescentes, crianças, fetos, embriões...
Todos, envolvidos na mesma 'Teia de Relações'
vivenciadas nos pensamentos, sentimentos e energias...
tecida na mesma história universal de singularidades.
Na dinâmica dessas realidades
acontece a potencialidade para autorizar-se
a partir de uma Pedagogia voltada para a mediação do pensamento,
para o compartilhar de idéias, para a permissão do que é autêntico
naquele que apreende o caminho e ressignifica-o em novos caminhares.
Uma Pedagogia que remova o pó das prateleiras
onde descansam as idéias de um antigo pensar;
importantes, porém, encerradas e perdidas
num paradigma contextualizado num outro tempo-espaço de elaboração.
Que venha, sobretudo, uma Pedagogia que inclua
o olhar que não entendemos;
a voz que não sabemos dizer;
o fazer, por nós, incompreendido.
Pois, jaz enviesado em outras vias!
O exasperante ritmo que paralisa ou mobiliza
as nossas ansiedades;
o pensar articulado num labirinto de objetividades
e subjetividades
vistas como descabidas...
mas enfim, únicas!
Que sejamos arautos incansáveis
daquilo que traz a ressonância benéfica da transformação,
que aponta como um sinal,
que se delineia no horizonte
e que se forma nas movimentadas periferias
das autorias de pensamento.
É desse movimento...
Do ensinar a aprender na permissão do pensar realizador
que poderão ser viabilizadas novas composições
de indivíduos atuando proativamente
sobre as banalidades cotidianas de uma sociedade,
de um mundo revestido pelo discurso sedutor
das pseudo-igualdades.