NÃO QUERO ACORDAR

um dia cheio de nada

como um filme retrospectivo

Flashes súbitos sob minhas manias

Liberam estrondos neutros

Dois goles de aminesia antes do jantar

Uma garrafa de podridão depois

Restos fétidos da minha loucura

Sanidade dominante agora já

Olhos cobertos de insatisfação

Gotas de veneno escorrendo ao chão

Sangue homogeniza a ocasião

Dor entregue à rejeição

Gritos agônios da minha alma

Em sono profundo

Não quero mais acordar