Revista Conexão Literária

A nossa capacidade de arrazoar é algo que está constantemente colocando e tirando as coisas do lugar. Isso sou filosófico? Tomara que sim, pois o papel da filosofia em determinados períodos foi sempre tecer dúvidas, postergar crenças, alimentar sofismas e produzir pensamento com densa relatividade, ou seja, com ausência total de parâmetros absolutos para que, enfim, a verdade um dia pudesse ser a verdade. E para quem acha que a modernidade pode ser tardia, a verdade é que, finalmente, adentramos numa época de liquidez; somos frívolos e, ao mesmo tempo, condensados; porém, isto no contexto certo, não é xingamento ou demérito nesta era contemporânea, porque apenas significa que o homem voltou a ser a medida de todas as coisas. Uma medida que busca completude. A medida das coisas que são, enquanto são e das coisas que não são, enquanto não são; como afirmou Protágoras. Contudo, eu acho que o sociólogo e filósofo Polonês Zygmunt Bauman, de alguma forma, descreveu isto como "modernidade liquida" e não foi como uma coisa positiva. Vamos ver. Bem, a literatura aqui não pode ser deixada à parte, mas também, não pode centrar tamanha atenção, pois temos, ainda, nesta edição, assuntos que vão exigir tantas métricas para serem equacionados; o que nos salva, entre todos os temas, é a capa, pois é motivadora, vai falar de empreendedorismo. Oh, coisa boa é começar a empreender! Autor: Radamés Ferreira