Devoção

A poesia pode ter cor? Pode ter sorrisos? Pode morar nos olhos de alguém? Eu não sei... talvez algum estudo diga que pode ter, ou não diga nada. Mas eu sei que o poema nasce em lugares que não imaginamos, sabemos que tem pessoas que tem mais poesia que outros, todos tem. Uns mais outros menos, mas o poema esta lá, e para uma dessas pessoas que tem luz repleta, poemas pelos olhos que surge devoção. Devotar os sonhos, os amores e as palavras. Te ouvi... fala rápida pela hora. Te ouvi... naquela tarde. Ouvi... tuas histórias. Agora na memoria Recorro cada uma delas. Escrevo pra ela. Não é pra outra. Rimei palavra pura. Pela hora que não esta aqui? Na hora que esta ai. Alheia aos meus passos. Alheia ao que é nosso. Espero te ouvir... Espero pra tu vir? Espero com outro poema. Pra tentar uma cantilena Pra quando tu chegares, Ter outro sonho pra te falar. O tempo... que fico longe de ti. Me corta em dois, três, e por ai. Segue levando a minha poesia, Que busca quando ela recria Tua voz, pra quem espero. E me alegro, e assim quero... Quando tu chegas, com pressa. Mas fica, por um segundo, recomeça Meu verso, com tua luz