Machado de Assis e abolicionismo sutil no séc. XIX: do fracasso no ministério da fazenda à revanche literária

Slides sobre a negritude em Machado de Assis e abolicionismo sutil no séc. XIX: do fracasso no ministério da fazenda à revanche literária realista crítica. Modelo de escritor e crítico literário maduro: voz na periferia do capitalismo tardio. Por muito tempo, pairou uma injusta crítica sobre a indiferença e neutralidade machadiana quanto à escravidão. Contudo, basta ler sua obra realista para perceber elementos muitos e sutis sobre a presença do negro na literatura brasileira: vitima e protagonista de sua emancipação. Machado mesmo houve por vivenciar a dureza do sistema em relação a sua pela, sua gagueira e sua epilepsia. De garoto vendedor de salgados do morro do Livramento a funcionário público, foi um difícil processo de mobilidade social. E soube, com a ajuda de amigos e seu gênio primoroso literário e poliglota, superar os percalços e preconceitos da sociedade burguesa do século XIX no Brasil. Foi cofundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras no modelo francês. Memórias Póstumas de Brás Cubas pode ser o melhor livro para fundamentar suas participação contra o racismo estrutural brasileiro.