Relatos “bipolares”

Inicialmente quero registrar dois erros comuns quanto à “bipolaridade”: Por um lado, muitas pessoas que não têm “nenhum problema” são “tachadas” de “bipolares” por algumas atitudes, por parte de outras pessoas que não têm a menor noção da “bipolaridade” e acabam “vulgarmente fazendo diagnóstico”. Por outro lado, muitxs “bipolares”, que possuem o problema, não procuram ajuda, não são diagnosticadxs, muitas vezes por nem imaginar que possuem a “bipolaridade”. Vale lembrar que o “melhor termômetro” para definir a possibilidade de estar ou não com o problema é observar se os “sintomas aparentes” estão prejudicando no cotidiano, na vida da pessoa em questão. Porém, não é cabível “ler” algumas características da “bipolaridade” no Google e sair “rotulando” as pessoas, como se todas que se alterassem, de alguma forma, fossem “bipolares”. Não é bem assim. O diagnóstico, muitas vezes complicado de se encontrar, mesmo por bons profissionais e após certo tempo de acompanhamento, só pode ser fornecido por quem atua na área oficialmente. Dessa forma, não seria ético de minha parte citar aqui aquela lista de sintomas do CID-10(Código Internacional de Doenças) ou, pior ainda, a lista do CID-9, onde a “bipolaridade” era tratada pelo palavrão, expressão horripilante, PMD(psicose maníaco-depressiva).