Semente de Sumaúma

Apresento Semente de Sumaúma, terceiro livro de poesias saídas principalmente de minhas viagens de trabalho. Nesta pequena obra, saí de minha zona de conforto para arriscar-me um pouco, teimando em temas universais, tá certo, diria que mais filosófico. Não que quisesse discutir princípios e moral, porém, as letras foram surgindo na medida em que me afligiam e paradoxalmente me aliviavam os caminhos da humanidade no seu crescimento constante. Penso que esta ainda situa-se na adolescência, cheia de caprichos, foguentos e ávidos por brinquedos tecnológicos, tão presos que fomos nos séculos primeiros de nossa existência. Hoje, não vão prestar muita atenção nas virtudes até que sejam sacudidos. A partir de então, acredito que voltarão a pensar na sua essência. O predicado que me orientou foi libertário. A liberdade explosiva. Daí o nome Semente de Sumaúma. É quando a bomba de sementes lança um desconhecido, que brinca com o vento até repousar no solo certo para nascer, crescer vistosa, magnífica árvore, indivíduo parceiro do sol, do movimento do ar e dos acontecimentos que façam a luz bater no chão, “acorda caboclo!”. E lembro que alguns de nós como sementes de sumaúma reagem aparecendo nos pastos e outras áreas desmatadas, talvez seres subversivos a questionar o que tem valor, sem a resposta pronta, na missão ou sina que detêm. Sobre a resposta, convêm construí-la.