Eu Sou Todo Poema
Sinopse
Os poemas de Leandro de Assis sangram, choram, agonizam e amam. Refletem a angústia do ser humano diante de uma sociedade que vive a se debater entre o sagrado e o profano, entre o prazer e a dor, entre o “ser” e o “dever ser”, entre os intermitentes desígnios de Eros e Tanatos.
Em Sobre Eu e Eu Sou lateja um refluxo de palavras que oscilam entre o Eu Sublime e o Eu Anárquico, e deixam no ar os cálidos vestígios do Eu Visceral – que é o Eu imperscrutável, inacessível, de mistérios e desejos transcendentais, não explicáveis à luz da razão bem comportada. Uma leitura que, a partir do Eu do autor, se estende a muitos “Eus” e muitos Outros. Uma leitura em que a palavra que devora é a que o coração não diz, mas berra silenciosamente pelas entrelinhas.
A poesia de Leandro é pura sensibilidade. Um rico território semântico de múltiplas facetas, da parte e do todo. É ingenuidade, lirismo, primaveras, memórias de infância, vontade de ordem e vontade de desordem, é bomba prestes a explodir, invasão e fuga, cansaço e busca. É aceitação que não se aceita, é amor que funde e se confunde, é caminho de muitas curvas com destino ao Eu Maior, que nem sempre é o Eu Perfeito mas é a plenitude. Até porque o perfeito não vai além dos limites da fantasia. Como escreveu, um dia, Fernando Pessoa: “Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares. Parecem ter medo da polícia...”
- Autor:
- Leandro de Assis
- Formato:
- Tamanho:
- 184 KB
- Ano:
- 2007
- Enviado por:
- Leandro de Assis
- Enviado em:
- 27/12/2009
- Reeditado em:
- 30/11/2011