A ANATOMIA PASSA, A POESIA TRASPASSA
Sinopse
A ciência não domina os mistérios do crer ou do nãocrer,
pois não tem nada a ver com a tal "lógica cartesiana".
Assim, se no princípio tudo era Verbo e o Verbo estava
em Deus e o Verbo era Deus, fica estabelecido que cabe só ao
homem decidir, sem flexionamentos de qualquer natureza.
A poesia de José - que de passagem nos recorda as "tentações"
do colega Augusto dos Anjos - afirma com extrema
sensibilidade a existência de um mundo "adicional", anterior
ao racional mas não menos real do que aquele (ou este). Ela
afirma a existência de um eterno intimamente dependente do
"verbo". A mim, parece que ele tem razão.
José, o médico que sutura, tem consciência da cicatriz;
José, o médico que ausculta, tem breve certeza do diagnóstico.
Resta-nos saber qual José faz poesia: o que tem
breve certeza ou aquele que crê nas cicatrizes eternas. Seus
versos são assim: cicatrizes. Talvez, por isso mesmo, tenha
decidido pelo título "A anatomia passa, a poesia traspassa".
Tem sentido.
Acho que você deve ler livro, tomado pela alma de poeta,
mas enxaguado pelo sangue de homem comum.
Eu li, reli e gostei demais. É alguma coisa nova,
felizmente.
Luiz Carlos Martins
Cons. Editorial da CBJE
- Autor:
- JOSÉ SOUSA
- Formato:
- Tamanho:
- 171 KB
- Ano:
- 2007
- Enviado por:
- JOSÉ SOUSA
- Enviado em:
- 09/07/2008