A Mortalha de Alzira por Aluísio Azevedo

O oitavo romance de Aluísio Azevedo, intitulado "Mortalha de Alzira", emergiu em 1892 como um sucesso estrondoso de vendas, alcançando a marca impressionante de 10.000 exemplares comercializados em apenas três anos. O enredo centra-se em torno do padre Ângelo, um homem cuja educação foi moldada sem sua escolha, visto que foi compelido a se tornar sacerdote. O coração do padre é atormentado por uma paixão intensa e proibida por Alzira, uma cortesã. O autor habilmente tece a narrativa para revelar as nuances da corrupção na Igreja e o comportamento do clero, enquanto também incorpora elementos românticos, como sonhos e devaneios, além das características distintas do estilo naturalista. Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo, nascido em São Luís em abril de 1857, era um escritor multifacetado, desempenhando papéis como novelista, contista, cronista, diplomata, caricaturista, desenhista, pintor e jornalista brasileiro. Sua obra carrega traços fundamentais do movimento literário do Naturalismo, e sua presença ocupou a cadeira 4 na Academia Brasileira de Letras. A vida de Azevedo chegou ao fim em janeiro de 1913, em Buenos Aires, mas sua contribuição significativa para a literatura brasileira e sua capacidade de explorar as complexidades humanas através de suas histórias perduram até hoje.