Minha Querida Minas Gerais

Dentre as paixões que acompanham o homem, uma se destaca, por sua importância fundamental. É o amor pelo seu torrão natal. Mas nem sempre o torrão querido detém este privilégio, o da natalidade e muitos são eleitos por outros motivos e qualidades que os levam a serem adotados. Este é o caso de Minas Gerais, que por um acaso do destino entrou na minha vida, ocupando todos os espaços e fazendo-me ser confundido como um de seus legítimos filhos. Mas quem disse que não o sou?... se aqui vivo a 50 anos respirando este saudável ar e convivendo com a mineiralidade 24 horas por dia? Tudo em mim é mineiro. O estilo, o sotaque, a tranqüilidade, o jeito de ser, o ar matreiro, a prudência, a prosperidade, a honestidade, a sinceridade e a paciência ímpar do mineiro, que dorme a noite toda na estação para não perder o trem que parte às 6,00 horas da manhã. Não é folclore, tudo isto é simplesmente o estilo de um povo lutador pelos seus direitos, sem se exibir e sem almejar um reconhecimento formal. Simplesmente me amarrei nesta onda e sem esquecer minha verdadeira origem tricolor, vermelha azul e branca da Bahia me visto da cabeça aos pés do bicolor, vermelho e branco, da “Libertas quae sera tamen”, de Minas Gerais. E é por isso que quando alguém pergunta a minha origem, sempre respondo... “Eu sou baiano, mas sou mineiro”