Luz interior / Fotografia / 2010

A fotografia é uma dança com a luz. Ora ela se dá perfeitamente; ora ela se nega a iluminar criando sombras. A fotografia em preto e branco é uma das formas de dançar com a luz e com a sombra. O nascer e o por do sol também. Mas o que revela a sombra, a noite que cai numa cidade setecentista? O que revela o sol se pondo numa cidade cujo nome – Serro - significa morro, outeiro? Representa que estar contra a luz é oportunidade de vislumbrar novos cenários. O fotógrafo atento predispõe-se a focar na sombra, pois sabe que o contorno no horizonte irá aparecer. A vela acesa ilumina e faz sombra assim como a luz do sol ou da lua. Nesse novo trabalho que compartilhamos a fotografia é uma síntese afetiva/racional das luzes e sombras que vemos na cidade do interior onde nascemos. Os cenários são afeitos. O jeito de ver a cidade modificada pela rotina na cidade grande torna-se um reencontro com a sensibilidade interior. A luz interior volta a brilhar quando contemplamos as luzes e as trevas da nossa cidade natal. E você: prefere a luz ou a escuridão?