A ÍNDIA E O FORASTEIRO II (JUNTOS PARA SEMPRE)

A ÍNDIA E O FORASTEIRO II (JUNTOS PARA SEMPRE)

Quando a índia pensara ter encontrado o seu amor;

E quisera agora se sentir a mais feliz de todas as mulheres;

Eis que surge o momento da dor;

Seu dono decreta-lhe à masmorra em seu alferes.

Era um tempo de muitas águas e pouca luz;

O frio dominava aquelas paragens;

O forasteiro que chegara para removê-la da cruz;

Fora preso, emudecido e como refém não reage.

Seu algoz, ditador, sarcástico que se diz ofendido;

Obriga a nativa a lhe servir incondicionalmente;

Todos os movimentos da serva eram vigiados e seguidos;

Torturas emocionais eram lhes deferidas cruelmente.

A todos que rodeavam aquela cena;

Não imaginavam tamanho drama;

Dias de soluços a moça resignada e plena;

Pela vida do seu amor a Deus ela clama.

O moço corajoso e audaz

Não se acomoda e ousa agir

Busca ajuda aos irmãos da paz;

Para da melhor maneira a liberdade da sua amada conseguir.

Enquanto isso, buscam outras soluções;

Através dos seus sonhos mesmo em torno do tormento;

O encontro dos seus corações;

Todas as noites reacendem suas chamas em desdobramento.

Mas no dia em que a índia chorou

Chorou por medo do seu feitor;

Que se sentindo ameaçado ameaçou

Impondo à nativa obrigação de todo o valor.

A INDIA, DESESPERADA, PARA SALVAR SEU GUERREIRO;

QUE SEM DERRAMAR SANGUE MANTEVE-SE CALADO;

CORREU ENTRE MATAS E RIOS ALTANEIROS;

EM BUSCA DE TUPÃ PARA PRESERVAR SEU AMADO.

TUPÃ NO SILÊNCIO LHE FALA E ANIMA;

QUE DEVERÁ ESPERAR SOL A SOL EM SOLIDÃO;

NÃO PODENDO AGIR AGORA COMO MENINA;

MAS COMO INDIA GUERREIRA, POR SUA PAIXÃO.

O RETORNO DA VIAGEM FOI DOLORIDO;

CONSEGUIRIA VIVER SEM OUVIR O SEU AMOR?

E AS MÚSICAS CANTADAS AO SEU OUVIDO?

COMO SOBREVIVER EM UM MUNDO SEM COR?

A RESPOSTA CERTA A INDIA ACATOU;

TERIA QUE SER SÁBIA, PACIENTE E PRUDENTE;

A CAMINHADA ERA LONGA, ENTÃO SE AQUIETOU;

POR QUE APRESSAR O RIO? EM SEU TEMPO RECEBERIA O PRESENTE.

Mas, mais uma vez o amor venceu;

A moça e o seu amado, sintonizados em seus pensamentos;

Tupã ao ouvir os apelos dos amantes se convenceu;

Que aquela paixão era mais forte que o ar em movimento.

E permitiu e abençoou os dois nubentes;

Fazendo com que o dono das terras compreendesse;

Que contra a força do sentimento não há mordaças que agüente;

Deixando-os livres para que suas vidas se estabelecessem

ÍNDIA E FORASTEIRO JUNTOS PARA SEMPRE;

SONHO, UTOPIA? NÃO!!! REALIDADE.

A HISTÓRIA AO LONGO DO TEMPO, SE REPETE

E CONTINUARÁ A SER ASSIM, POR TODA A ETERNIDADE.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)

E SUA ÍNDIA WARÊ

11/05/08