DEVANEIOS

 

 

Perdida entre sonhos

Lembrando tempo vivido

Da chama ardente da paixão

De um amor que não morreu

Apenas ficou adormecido

 

Nossas almas se cruzaram

Nossos corpos entrelaçados

Levando ao êxtase sem pudor

Como serpentes enroscadas

Nossos corpos banhados a suor

 

Entre fracos gemidos delirantes

Visíveis corpos em nudez

Um ímpeto crescente em mim

Respiração cada vez mais ofegante

Sentindo rebento gozo chegar ao fim

 

Não houve trocas de palavras

No peito ficou a nudez

Os amantes tinham pressa

E no prelúdio desse sonho

No adjudicar pela ultima vez

            MENDI    


Eu também estive assim

Perdido em pensamentos

Enlouquecido e apaixonado

Por um amor tão eterno

Que vive aqui dentro de mim

 

Foi um encontro de almas

Os nossos corpos abraçados

Deslumbrantes e sem composturas;

Tal qual os rastejadores

Transpirávamos gotas de amor

 

Os nossos gemidos extravagantes

A nossa nudez se transparecia

Crescia em nós uma ousadia

E num alento forte e ofegoso

Eu vi o renovo do prazer se acabar

 

Por essa falta de dialogo

Despido ficou nosso coração

Estávamos em plena afobação

Pois no prefácio desse devaneio

Nos rendemos a esse final

EDSON DOS SANTOS
(  R.L )

 

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Alzira Souza
Enviado por Alzira Souza em 06/05/2008
Reeditado em 06/05/2008
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