DEVANEIOS
Perdida entre sonhos
Lembrando tempo vivido
Da chama ardente da paixão
De um amor que não morreu
Apenas ficou adormecido
Nossas almas se cruzaram
Nossos corpos entrelaçados
Levando ao êxtase sem pudor
Como serpentes enroscadas
Nossos corpos banhados a suor
Entre fracos gemidos delirantes
Visíveis corpos em nudez
Um ímpeto crescente em mim
Respiração cada vez mais ofegante
Sentindo rebento gozo chegar ao fim
Não houve trocas de palavras
No peito ficou a nudez
Os amantes tinham pressa
E no prelúdio desse sonho
No adjudicar pela ultima vez
MENDI
Eu também estive assim
Perdido em pensamentos
Enlouquecido e apaixonado
Por um amor tão eterno
Que vive aqui dentro de mim
Foi um encontro de almas
Os nossos corpos abraçados
Deslumbrantes e sem composturas;
Tal qual os rastejadores
Transpirávamos gotas de amor
Os nossos gemidos extravagantes
A nossa nudez se transparecia
Crescia em nós uma ousadia
E num alento forte e ofegoso
Eu vi o renovo do prazer se acabar
Por essa falta de dialogo
Despido ficou nosso coração
Estávamos em plena afobação
Pois no prefácio desse devaneio
Nos rendemos a esse final
EDSON DOS SANTOS
( R.L )
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