DÁDIVA DA VIDA - Nanci Laurino e AO MEU FILHO - Isa Andrade

A Vida é dávida

Bebezinho chega ao mundo!

sem nada conhecer,

como uma folha em branco

sua história vai tecer!

Dependente da mãezinha

que aos seu braços o acolhe,

Cuida como tesouro,

Amado filho é!

Bebezinho ainda sem entendimento

Apenas olhar atento,

pedindo toque de amor!

Chegou ao mundo que nada entende

Tão dependente desse amor agora é...

Olhinhos vidrados

na mãezinha que o cuida

Confia seu corpinho, nela aninhado,

Banhando pele macia,

e quanto amor ali depositado!

(Nanci Laurino)

Ao meu Filho

Da árvore que cresceu,

desta nossa união,

uma semente nasceu

germinou e deu

ser mais belo puro e são,

que és tu meu filho.

Filho pelo qual luto.

Pelo qual ainda existo.

Pelo qual labuto.

Dando-me ele muita força

para a minha vida levar,

tendo vontade por vezes

De com ela terminar.

Mas...

Depois sento-me e penso,

muito em ti

pequenino ser indefeso,

que a ninguém pediste

para nascer.

Não serás tu mais tarde

Um revoltado

por tua mãe,

te ter abandonado?

Por não querendo ela sofrer.

os desgostos da vida?

Por não ter querido

Pela vida lutar?

Que culpa poderás ter?

De existires e cresceres

num clima de tenção

Como este que te gerou!

Por ti, pequenino ser,

que nada entendes ainda,

nada podes perceber

Resolvi lutar...

Por ti meu adorado

Tua mãe viverá,

porque, sem hesitar

ela por ti daria

sua própria vida.

Isa Andrade

Nanci Laurino
Enviado por Nanci Laurino em 13/04/2008
Código do texto: T944143
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.