CONFUSÃO!

Uma saudade afagada gritou baixinho na imensidão do pequenino quarto. Só queria sentir o leve toque do amor, deixando marcas irremediáveis a sua alma.

Quando pensou em voltar, esqueceu o telefone...

Quando lembrou de ligar, já não sabia o seu nome...

As lágrimas que caiam e molhavam o lençol branco, subiam a sua mente e secavam suas esperanças num soluçar brando. A autonomia de ir e vir, pedia arrego a dependência infantil de sua "maior-idade".

Sempre que corria, chegava atrasado...

Sempre que algo fazia, fazia o errado...

Perdoava se sentindo culpado e, a culpa de estar sendo traído de si, o fazia sentir-se perdoado pelo outro. As noites se findavam na ânsia tediosa pelo reencontro, mas a cada raio de luz que entrava no quarto o suor escorria às mãos o fazendo negar o desejo que o atormentou toda a madrugada.

As vezes enfrentou, caiu em demasia...

Às vezes recuou, conseguiu o que queria...

Hoje acredita que fez a coisa certa, mesmo sabendo que errou feio. Porém, sabe que errou no melhor que pôde, mas, acertou no que não devia.