VESTÍGIOS DA MINHA SOLIDÃO (Marcelo Guido, Gabriele Vasconcelos)

189 - VESTÍGIOS DA MINHA SOLIDÃO

DE: MARCELO GUIDO

& GABRIELE VASCONCELOS

EM: 03.OUT.2000 ÀS 03:22:44H

P/: TATIANA ARRUDA

EM: EXTREMA/MG

HISTÓRICO: Após as eleições em que Emydio Moreira sagrou-se o vencedor com mais de 5000 votos num universo de 10.000, dirigi-me para Extrema onde, para minha repleta surpresa, encontrei minha arquicompetidora Gabriele que me auxiliou a preparar este poema para Tatiana. Não é uma despedida, mas sinto uma melancolia que se reflete numa vontade tremenda de recomeçar uma batalha. Ao menos sei se isto não será o princípio de outra decadência. Quem poderá saber?

A solidão faz-se minha companheira

Onde apenas uma folha de papel converte-se em confidente

Para que, juntos, descrevamos a paixão que em mim reagiu

Quando mal se instalou a madrugada

E pairou a agonia do mais perplexo silêncio...

... Surgiram os véus de neblina

Que envolveram em dor minhas emoções outrora desmedidas

Quando, tolo, sonhei com a essência de um novo amanhecer

Percebendo, frágil, que minha solidão, convictamente, permaneceu.

Nunca imaginei que fosse cruel aquele amor

E a dor me penetrou através da alma

Corroendo vestígios ínfimos de desguarnecida esperança

Rendendo-me como vítima de minha própria inspiração...

... Assim, sem você, o tempo transcorreu devagar

Fui reflexo dos meus tolos sonhos

Já corrompidos com a saudade que com lágrimas lavou

O mais sofrido rosto que o amor definitivamente abandonou...

Minha menina: quando eu acordar, comigo não estará

Mas haverá, eterno, em mim o legado de vida e de paixão

Que criará voz em cada canção

Em cada poema

Que de mim resplandecer

Para o resto de duas vidas

Por nossas emoções pares

Enquanto houver um sagrado lírio para reverenciá-la

Eu juro!