MEIA-NOITE (Marcelo Guido, Kléber Rosa)
054 - MEIA-NOITE
DE: MARCELO GUIDO
& KLÉBER ROSA
EM: 30.OUT.1998 ÀS 17:33: 55H
P/: LUCIANA RAMOS
& ANA PAULA
EM: DISTR. SÃO MATEUS DE MINAS - CAMANDUCAIA/MG
HISTÓRICO: Este poema tem o dom de se autopronunciar. Então, que se faça sua vontade...!
Meia-noite...
Sob a alva prata da lua
Disse-me, com seus olhos aquilo que eu sempre soube:
“Marinheiro meu, pouco me importa para onde zanze.
Desde que retorne, carinhoso, para o calor destes braços que são seus!...”.
E as estrelas, então, testemunharam
Um incrível devaneio
Que, insaciável, consumiu nossos corpos...
Era meia-noite...
Meu sentimento estava correto
E, naquele momento, conheci o som de sua música
Quando um sonho se realizou
Ao que dois corações solicitaram aos deuses um caminho
Aguardando, ansiosos, uma resposta
Pronunciada por um pássaro
Quando, por suas asas, emanou uma silenciosa canção
De forma afoita, todavia convincente e definitiva...
Um outro beijo será suficiente
Para que eu me renda ao limite do meu almejo
Estando próximo aos confins do seu viver
Através da presença tão invisível
Que se converterá toda lembrança sua, qualquer aura celeste
Representada, agora, por uma feliz e atípica meia-noite
Sob o alvo argênteo do Precioso Satélite
Por nosso sensível amor: eu juro!...