SONHOS (Marcelo Guido, Alessandra Velasques)

040 - SONHOS

DE: MARCELO GUIDO

& ALESSANDRA VELASQUES

EM: 03.AGO.1998 ÀS 17:13: 58H

P/: PATRÍCIA ARAÚJO

EM: EXTREMA/MG

HISTÓRICO: Alessandra e eu descrevemos, ao nosso método, nossas concepções sobre a desilusão. Tristezas são marcas registradas nesse período e se mostram fortemente presentes neste poema.

Sonhei com amor

Amei com sonho

Vivi a magia do ingrato sentimento

E chorei...

Jamais amarei novamente

Juro não mais magoar meu coração

Pois, hoje sou a personificação do vazio

Que, tolo, ousou lutar julgando-se imortal...

Sentir paixão é utopia

É alimentar metas absurdas

Que nascem reais

Tornam-se quase imortais

Lutando veementes

Fazendo-se de inconseqüentes

Mas que se findam involuntárias

Com o poder da negativa iminente...

Lamentos, então, apenas confortam de leve a alma

Que outrora visualizava as delícias de uma vida

Lutei e fui derrotado mesmo sabendo

Que amores são sonhos complexos

Perdendo-se em almejos ardentes

Criando suas bandeiras imponentes

Fantasiando-se de crianças inocentes

Ao brotarem chamas de intensas paixões

Apagando, em seguida, com desprezos e solidões...

Tragicamente, então, regresso céptico à realidade

Sentindo, solitário, o peso da adversidade

A consumir a aura deste meu viver

Anulado na perplexidade de seu adeus jamais proferido...