Sonetos de Ângelo d'Avila & Tere Penhabe
Para Tere Penhabe:
(oferece Angelo d'Ávila)
Quando ela disse adeus erguendo o lenço,
divina no esplendor do próprio orgasmo,
a dor abriu no mundo um eco imenso,
vibrou-se no universo um imenso espasmo.
Depois que ela partiu, eu cismo e penso,
eu penso e cismo, e fico louco, e pasmo...
Como era linda, ornada em nívio incenso,
no incenso do seu próprio entusiasmo!
Como era linda!,,, pelo céu extenso,
sua luz se mingou na luz de um círio,
quando ela disse adeus erguendo o lenço.
Era a felicidade - o humano anseio!
Fora um sonho talvez, talvez delírio,
como pôde partir se nunca veio?
http://www.revistaagulha.nom.br/adavila.html
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/angelo_d_avila.html
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Para Angelo d'Avila
(oferece Tere Penhabe)
O adeus que tão insensato lhe parece,
É nada mais que a dor espraiada ao vento,
No cálido areal do sofrimento
- Do amor que inteiro, fez-se minha prece!!
Meu nobre amigo... não é o que parece...
Beleza da heroína? Tal portento...
Sequer lhe adorna em mero complemento,
Horrenda bruxa é que o espelho tece.
Minguou-lhe a vida, na verdade, o credo!
Que viu depositado em seu sacrário,
Para torná-la algures, enxovedo...
Quem dera ser delírio ou veleidade!
Partir sem ter chegado é temerário...
O Adeus que viu... foi à felicidade!
Santos, 04.03.2008
www.amoremversoeprosa.com