ACALME-SE, MEU AMOR... ((c/ Kathleen))

dueto com "RATOS, MEU AMOR..." (*)

Talvez os ratos não sejam tantos

Quanto o maltrato,

A casa infectada,

Bueiro carvoejado

Dos carvões rurais,

Das propriedades nacionais.

Já fecharam o domínio do campo,

Invadiram e fizeram o prato,

Roubaram tanto

Com promessas de santo,

Deixaram mapas confusos,

Cartas desorientadas,

Identidades anônimas,

Valores mal tratados

E intenções anômalas

De memórias petrolíferas.

Se os universos fosse deles,

Conspurcavam meus versos

Com dentes de ratazanas,

Possibilidades que nos laçam,

Esperanças insanas.

Se você tiver coragem

Verá o amor sobreviver

Sobre a peste instalada;

Só nos resta conviver...

WalterBRios 6/3/2008

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(*) poema de Kathleen Lessa:

http://www.recantodasletras.com.br/autores/kathleenlessa

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 06/03/2008
Reeditado em 20/07/2013
Código do texto: T889529
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