PEDAÇOS DA SAUDADES
 
Saudade quando chega de repente
Em nosso coração que grande lida
É ácida e doce e tão renhida
E enregelante e outras horas quente...
 
É como a flor que desabrocha rente
Pela janela da alma e nos convida
A ver a aquarela colorida
Que vem e vai-se assim incontinente...
 
A saudade se explica pelo olhar,
que tem impresso a cor de uma partida,
que ora dói feito a chuva na ferida,
 
e noutras chove a dor sem nem calar.
há quem diz que a saudade é sim bandida,
e a mim, ela pertence em minha vida.
 
GONÇALVES REIS
AMARGO
Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 21/01/2008
Código do texto: T826525
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