Artesão

Calejados dias entalham o êxito,

O tempo impávido parece se arrastar,

O eco das vivências, cobrem as paredes do caminho,

tal cortina de heras e alamandas, a esconder,

entre os vãos, pequenos ninhos,

erguendo o desvalido, o faz lembrar

dos dias que pensava não ser e era,

das noites insones, em triste vagar,

mas, que aos poucos, num insistente esperançar,

como neblina se dissipando suave,

abria-se um dia claro,

onde se permitia sonhar

Com um passo pra trás o hábil artesão,

deixando o formão, se põe a olhar,

feita de um toco, sua obra de arte,

e as lascas de si espalhadas no chão.

Lorena Lira e L.E.
Enviado por Lorena Lira em 14/02/2025
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