O rio e o mar
Sei que um dia nos teremos.
O sentimento é o mesmo de ontem, renovado,
Mais forte mais intenso, mais desejo.
Isso já é fato consumado.
Muito tenho pensado em você,
No que estamos produzindo,
No que acaba de nascer,
Esse sentimento ainda menino.
Quisera eu poder te tocar agora
E num longo e terno abraço,
No calor de nossos corpos,
Passar pra você essa energia, como uma aura.
Falamos o que sentimos,
E pronto, é só sinceridade.
O que todo ator busca
Pra colocar em cena, verdade!
Não precisamos buscar,
Flui naturalmente.
Você sabe me encantar
Por isso, te ouço atentamente.
Hoje, mais do que nunca,
Fiquei olhando para o tempo,
O tempo todo, pra saber,
Em quanto tempo estaria com você.
Estamos vivendo uma linda história de amor.
Já falei dos meus desejos,
Do meu tesão mesmo.
Acho que até peguei pesado.
Mas, acostume-se comigo,
Falo com naturalidade,
Nem sempre sou poético, admito.
Posso ser afoito, mas sem maldade.
Mas, é possível não sê-lo,
Diante de uma mulher como você?
Dizendo coisas poeticamente horizontais,
Absolutas e singulares verdades.
Você gosta de lavanda e alfazema, não esconde.
Você é uma mulher rara!
De gostos simples e refinados.
A tua simplicidade é rara!
Nesse mundo em que vivemos
Nunca conheci ninguém, além de você,
Que possuísse tantos encantos sem ocultá-los.
Que brotam sem ter que ostentá-los.
Você é isso, exatamente.
Tua simplicidade me apaixona.
Brilha naturalmente!
E isso me emociona.
O que seria do poeta sem sua fonte de inspiração?
Não seria mais poeta,
Estaria morto de sentimento,
Uma pedra.
Tive tempo pra pensar em nós.
Tive tempo pra pensar em nosso louco amor.
E cada pensamento, uma viagem.
Pra perto do seu corpo, do seu gosto, do seu calor.
Pode ler meus lábios?
Às vezes é possível!
Para que você possa lê-los sempre,
Vou fazer o impossível.
Porque meus lábios dizem,
Que querem beijar os teus.
Sentí-los e saboreá-los, com muita emoção.
Essa é a tradução!
Minha menina mulher,
Minha mulher menina, nem sei.
Tão jovem e tão madura,
Tão sábia, que viaja no meu olhar.
Quando Deus te desenhou,
Ele estava em mim pensando.
Ele demorou um pouco pra te desenhar,
Porque eu ainda estava me preparando.
Foi à beira do mar do amor
Onde você, o mar ao me abraçar,
Molhar-me-á com o teu amor.
E eu, o rio, em ti vou desaguar.
Sem te poluir,
Posto que sou um rio intocado,
De águas cristalinas, de cachoeira,
Como do teu paraíso encantado!
Jeronimo Madureira
17/01/2008.
*Construído por Jeronimo Madureira, encantador poeta do Recanto das Letras em parceria com Isa Linse.