Universo de Poeira
Giovanni Pelluzzi escreve:
Não sabemos nossos destinos
Nem se tornaremos a nos encontrar.
Talvez o tédio que nos move
Comova corações à distância,
E, se num breu de estrela estagnada
Furtiva dádiva do paraíso se estender rente ao céu,
Que o universo me consuma,
Em poeira cósmica, mandala de sonhos adormecidos,
Entre portais ascendentes,
Na poesia que me descreve em vida.
Na vastidão de tudo o que nunca seremos,
somos fragmentos de poeira, eternos e efêmeros.
Lúcia Valente escreve:
Em cada estrela que pisca no vasto abismo,
Sinto o eco de histórias não contadas.
Se o tempo for um véu de névoa espessa,
Que nos separa, também nos une,
Na imensidão onde os fragmentos dançam,
E os sonhos se entrelaçam com a poeira,
Que a eternidade seja nosso abraço,
E o efêmero, nosso campo de flores.
No silêncio de um cosmos em expansão,
Encontramos os sinais de que fomos,
E que sempre seremos,
Partículas de um amor que nunca se apaga.
***
Grato pela parceria, cara poetisa.
Prazer imenso.