Lágrimas

Glosa do segundo mote do poema do poeta recantista J. Martín

Oh lágrimas que sulcais o meu rosto!

Sois a ilusão que morreu e regressa.

Vosso sulco fende a pele da alma

mostrando o Amor eterno.

Oh lágrimas que sulcais o meu rosto!

Lava a minha alma dos dissabores,

que eu não guarde dele o desgosto

que tenta se alojar em meus interiores.

Ah! Amor que cedo partiu de perto de mim.

Sois a ilusão que morreu e regressa.

Faze de meus dias e noites um jardim

do amor correspondido sem tanta pressa.

Entremeadas às palavras sem calma

as lágrimas surjem em límpida cascata.

Vosso sulco fende a pele da alma,

revelado o Amor que enfim se desata.

E este se aquecerá nos cumes,

aos primeiros raios do sol terno,

derretendo a neve dos queixumes,

mostrando o Amor eterno.

Santos/SP - 04/01/08

__ lágrimas __

Fluem cristalinas de mundos distantes.

Descem leves de nevados cumes.

Pendem de mágicos ocasos

como chuva de ouro.

Oh lágrimas que sulcais o meu rosto!

Sois a ilusão que morreu e regressa.

Vosso sulco fende a pele da alma

mostrando o Amor eterno.

J. Martín

http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=4863

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 05/01/2008
Reeditado em 05/01/2008
Código do texto: T803752
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