Um dia de outono

Um triste dia frio de outono,

Que mal chegou, já mostra o caminho:

Tange o calor das barbas do El Niño,

Pra lá onde Morfeu caiu no sono.

 

Meu coração, tal como um cão sem dono,

Lambe o pulsar da dor duma saudade,

Enquanto a poesia se evade,

Prá lá onde Morfeu perdeu o sono.

 

Uma garoa úmida e fria,

Torna a manhã ainda mais sombria,

Aos olhos de quem busca inspiração.

 

Então, eu me abraço à Poesia,

Enquanto uma nuvem, que desfia,

Tange os versos do outono pro verão.

 

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A
Solano Brum

 

A tarde é alegre; presente de Verão!
Uns olhos verdes vão beirando o mar!
Pés descalços; vara de pescar à mão,
Como quem quer aproveitar o preamar!

 

O vento vai raspando nos coqueiros;
O peixe vem no anzol da pescadora!
Há barcos com recursos pesqueiros...
O sol se perde pelos espaços em fora!

 

A menina olha com seus olhos verdes;
A areia fina desliza sob seus pés
Nesse momento como tardes Outonais!

 

A inspiração, chega sem fazer alardes
No crespar das ondas do seu vai e vêm
E aqueles olhos verdes, não os vejo mais!

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 28/03/2024
Reeditado em 28/03/2024
Código do texto: T8029900
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