Dueto com Florbela Espanca

Sem remédio

Aqueles que me têm muito amor

Não sabem o que sinto e o que sou

Não sabem que passou, um dia, a Dor

à minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor

Este frio que anda em mim, e que gelou

O que de bom me deu Nosso Senhor!

Se eu nem sei por onde ando e aonde vou! FLORBELA ESPANCA

Oh, amiga estimada!

Compreendo o que escreves e sentes

Te falo, sinto tamanha semelhança entre nós

Feito tormenta que não cessa, que nos arranca a pele...

Ando perdida entre uma multidão que assusta

Há um grande pavor aqui dentro

Não imaginam nossas dores...

Apenas passam por nós, sem nos ver;

É gritante o que sentimos

Em minha porta a dor entrou e fez morada

Mesmo não querendo, ela entrou sem permissão... ISABEL TÂNIS CARDOSO

Sou fã de Florbela, amo seus versos...

Sinto-me honrada de ter tido a ideia de fazer duetos com ela.

Isabel Tanis e FLORBELA ESPANCA
Enviado por Isabel Tanis em 08/02/2024
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